O governo do Rio Grande do Sul encontrou grande resistência entre municípios do interior do estado ao plano de privatização da Corsan, companhia estadual de saneamento básico que pretende colocar à venda no início do próximo ano.
Somente 74 dos 317 municípios atendidos pela empresa atualmente assinaram novos contratos com ela até a quinta-feira (16), último dia fixado pela legislação estadual para adesão das prefeituras a uma etapa crucial para o sucesso da privatização.
Os 74 municípios que aderiram ao plano do governo reúnem a maior parte da população atendida pela Corsan, que vive em cidades de pequeno e médio porte do interior e da região metropolitana de Porto Alegre, e representam 52% do seu faturamento, segundo a companhia.
O novo marco legal do setor de saneamento obriga municípios com contratos vencidos a abrir licitação pública para contratar novos concessionários, mas permite a renovação de contratos com as companhias estaduais que estiverem a caminho da privatização, o que as torna mais atrativas para os investidores.
Muitos municípios atendidos pela Corsan têm dúvidas sobre os ganhos que podem obter com a privatização, apesar dos incentivos oferecidos pelo estado. Os que assinaram novos contratos, com prazo de validade até 2062, receberam ações da empresa e garantias de manutenção das atuais tarifas sem reajustes além da inflação.
Com Ricardo Balthazar (interino), Andressa Motter e Ana Paula Branco.
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