O Comitê Gestor do Simples Nacional decidiu nesta sexta-feira (21) prorrogar até 31 de março o prazo para regularizar o pagamento de dívidas, medida que foi recebida como um fôlego por pequenos e médios empresários enquadrados no regime.
A mudança foi comemorada por donos de bares e restaurantes. Paulo Solmucci, presidente da Abrasel (associação dos estabelecimentos), afirma que mais de 400 mil empresas do setor teriam de deixar o Simples Nacional porque não conseguiriam colocar as contas em dia até o fim de janeiro, prazo determinado anteriormente.
Segundo ele, a expectativa agora é que o Congresso derrube o veto do presidente Jair Bolsonaro à lei do Refis ainda em fevereiro.
"A partir do momento que o veto for derrubado pelo Congresso, inclusive com o apoio do governo, as empresas têm condições de parcelar a entrada da dívida, colocar a vida em dia e permanecer por mais um ano dentro do Simples, o que é fundamental nesta retomada", diz.
Na avaliação de Joseph Couri, presidente Simpi (Sindicato da Micro e Pequena Indústria do Estado de São Paulo), o governo está "remendando o que criou", permitindo que os não inscritos possam aderir ao Simples Nacional até o fim de janeiro para regularizar suas pendências dentro dos próximos 60 dias.
"Há 3 milhões de microempreendedores inadimplentes ou sujeitos a multas tributárias. Só sinaliza que é um problema de Estado, não de gestão empresarial", afirma Couri.
com Andressa Motter e Ana Paula Branco
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