Um novo caso de oficina de costura envolvida em exploração de imigrantes peruanos e bolivianos levou a condenação em São Paulo.
A proprietária das marcas de roupas Anchor e Tova e o dono de uma oficina terceirizada vinculada às confecções Anchor e MNJ foram condenados na sexta (18) pela 1ª Vara Criminal Federal de São Paulo por submeter estrangeiros a regime de escravidão.
Segundo denúncia do MPF (Ministério Público Federal), 13 trabalhadores vindos do Peru e da Bolívia cumpriam jornadas de até 14 horas em um imóvel com instalações precárias e sem carteira assinada, entre outubro de 2018 e julho de 2019.
A proprietária das marcas foi sentenciada a três anos de prisão, que pode ser substituída por prestação de serviços comunitários e o pagamento de 20 salários mínimos (R$ 24.200, hoje).
Já o dono da oficina foi condenado a sete anos de reclusão, em regime inicial semiaberto. A pena dele considera também o aliciamento das vítimas fora do país.
O emprego de adolescentes na produção das peças elevou as penas dos réus, que poderão recorrer em liberdade.
Procurados pelo Painel S.A., Anchor e Tova e o dono da oficina terceirizada não responderam.
Joana Cunha com Andressa Motter e Ana Paula Branco
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