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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

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Repúdio a vídeo sexista ganha novos apoios no setor da construção

Sinduscon e Secovi engrossam manifestações de outras entidades da área

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São Paulo

Duas entidades empresariais de peso no setor da construção embarcaram no movimento de repúdio ao vídeo sexista que culpou mulheres pelo desabamento da obra do metrô na marginal Tietê em São Paulo.

SindusCon-SP e Secovi-SP, que reúnem as maiores companhias do setor, divulgaram comunicados nesta segunda-feira (7) para criticar o vídeo que viralizou na sexta (5). Elas se somam a manifestações de outras entidades como a CBIC (câmara brasileira da indústria) e o CREA-SP (conselho regional de engenharia), que se manifestaram já na sexta.

A Acciona, empresa responsável pela obra, também se pronunciou em defesa da mão de obra feminina.

"Os autores do vídeo e aqueles que o divulgaram merecem nossa total rejeição por expressarem um preconceito absurdo contra a crescente, justa e valorosa participação da mulher na indústria da construção", diz o Sinduscon.

"O Secovi-SP expressa total repúdio a tal veiculação. Discriminação é atraso civilizatório. Nossa integral solidariedade às profissionais da construção civil e do mercado imobiliário. Igualdade. É só assim que se constrói um país", divulgou o Secovi.

A onda de manifestações no setor tem um peso político porque uma das pessoas que ajudaram a turbinar a divulgação do vídeo sexista nas redes sociais foi o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro.

O vídeo que circulou na internet usava trechos recortados de um outro vídeo original produzido pela própria Acciona —companhia responsável pela obra— com depoimentos de profissionais elogiando a presença feminina no trabalho da linha-6.

As imagens das mulheres são expostas com legendas que apontam nomes e cargos, e o vídeo fake traz mensagens que ironizam a fala delas como se fossem responsáveis pelo desmoronamento.

Joana Cunha com Andressa Motter e Ana Paula Branco

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