A TecBan, dona do Banco24Horas, se prepara para expandir seus serviços neste ano atenta ao cenário macroeconômico, que será o principal desafio, na avaliação de Marcelo Gomes, diretor de administração, finanças e pessoas da companhia.
"A gente já entendia que 2022 seria um ano bastante desafiador do ponto de vista macroeconômico, e agora com essas questões de guerra vai ter todo um ambiente impactado, com inflação e juros. A gente vai ter que estar bem atento na nossa política de investimentos e de prestação de serviços", diz.
O executivo afirma que a empresa quer ampliar os investimentos em open banking e open insurance, além de avançar no mercado de moedas digitais. Atualmente, os caixas eletrônicos da companhia já convertem criptomoedas em dinheiro em espécie.
Apesar disso, o uso de moeda física segue crescendo, segundo a empresa, e é uma prioridade da companhia, que deve inaugurar novas unidades de suas agências do Banco24Horas em áreas remotas e expandir seus caixas eletrônicos itinerantes.
Gomes diz que volume de dinheiro em circulação aumentou mais de 20% na pandemia, influenciado também pelo auxílio emergencial. Em 2021, foram quase R$ 370 bilhões sacados em caixas do Banco24Horas, afirma a TecBan.
"A pandemia, quando se apresentou em março de 2020 daquela forma, realmente foi bastante impactante, e a gente tomou uma atitude de prudência. A gente mudou um pouco o timing, mas não deixou de fazer os investimentos", diz Gomes.
A TecBan encerrou o ano com lucro líquido de R$ 173 milhões. O faturamento bruto foi de R$ 3,2 bilhões, quase 7% superior ao registrado em 2020.
Além do Banco24Horas, o crescimento foi puxado por novas fontes de receita. Segundo Gomes, 2021 materializou a estratégia de diferenciação sustentável da companhia, que segue no foco neste ano.
Joana Cunha com Andressa Motter e Ana Paula Branco
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