Mesmo com a restrição das festas de rua no Carnaval deste ano, o setor de bares e restaurantes comemorou o resultado das vendas no feriado, segundo a Abrasel, associação que representa os donos dos estabelecimentos.
Nos estados do Nordeste e no Rio de Janeiro o desempenho foi ainda melhor, com alta de 20% a 40% no faturamento em relação ao evento do ano passado, que ficou prejudicado pelas restrições de funcionamento por causa do coronavírus.
No Rio, foi até possível superar em 10% o desempenho do Carnaval de 2020, quando a quarentena ainda não havia sido estabelecida. A presença de turistas estrangeiros acima do esperado também surpreendeu, segundo Paulo Solmucci, presidente da Abrasel.
Ele afirma que o Carnaval deste ano confirmou uma tendência que já vinha sendo percebida nos últimos meses. "Os destinos e estabelecimentos mais sofisticados foram muito bem", afirma.
Solmucci atribui à redução das viagens internacionais no feriado, que manteve o público de alta renda no país.
Cidades como Belém (PA), Macapá (AP) e Tiradentes, em Minas Gerais, tiveram destaque nos relatos dos donos de estabelecimentos, enquanto em São Paulo e no Distrito Federal, o resultado ficou mais estável. No geral, segundo Solmucci, nenhuma região reclama de queda no faturamento.
Para Solmucci, os locais mais sofisticados, sejam destinos ou estabelecimentos, tiveram demanda acima do normal.
"A turma de alta renda, que geralmente viaja para o exterior nessa data, ficou no Brasil e elevou muito a renda per capta", explica.
No norte do país, em cidades como Belém (PA) e Macapá (AP), o movimento no carnaval foi alto e bares, restaurantes e pousadas ficaram cheios durante todos os dias de folia.
Ainda segundo Solmucci, cidades do interior, como Tiradentes, em Minas Gerais, também atraíram o público de alta renda, situação que ajudou a alavancar ainda mais o faturamento do setor. São Paulo e Distrito Federal relataram um carnaval abaixo do esperado e ficaram no "zero a zero".
Joana Cunha com Andressa Motter e Ana Paula Branco
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