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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

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Fundador da Localiza defende projeto de Bolsonaro sobre mineração em terra indígena

Salim Mattar afirma que 'país precisa explorar suas riquezas'

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São Paulo

O empresário Salim Mattar, fundador da Localiza, sai na contramão de uma parte grande do empresariado e defende a tentativa do governo Bolsonaro de deslanchar a mineração em terras indígenas na Amazônia.

"Opção pelo atraso. Figuras do meio financeiro e instituições de prestígio têm se posicionado contra o projeto de lei 191/2020, que libera exploração de petróleo, gás, minérios e outras atividades em terras indígenas. Inadmissível abandonar as riquezas do subsolo e manter o país pobre", escreveu em rede social o empresário alinhado a Bolsonaro.

Salim Mattar, fundador da Localiza - Amanda Perobelli - 29.jan.2019/REUTERS

Em outra publicação, dias antes, Mattar criticou uma manifestação liderada por Caetano Veloso que fez um ato em Brasília contra os projetos de lei que afrouxam a legislação ambiental.

"Um grupo de artistas de esquerda foi ao STF contra o marco temporal e mineração em terras indígenas. Esperamos que os ministros sejam cuidadosos e sensatos neste julgamento não se deixando influenciar pelas figuras populares que os visitaram. O país precisa explorar suas riquezas", disse o fundador da Localiza.

O presidente alega que a medida pode ajudar a reduzir a dependência dos fertilizantes importados no momento em que a guerra na Ucrânia expõe a fragilidade no abastecimento do produto.

No entanto, o próprio Ibram (Instituto Brasileiro de Mineração), que tem entre as associadas gigantes como Gerdau, Vale e Mosaic Fertlizantes, divulgou um comunicado afirmando que o projeto de lei não é adequado.

A Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura, que reúne as principais associações do agronegócio brasileiro, grandes empresas do setor, bancos, academia e sociedade civil também elaborou uma nota com críticas ao projeto.

Segundo a coalizão, o garimpo em terras indígenas não resolverá eventuais crises de escassez de fertilizantes, ao contrário do que defende o presidente.

Além das recentes manifestações públicas em nome de associações empresariais, figuras de peso no setor privado contestam a investida bolsonarista.

Joana Cunha com Andressa Motter e Ana Paula Branco

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