Depois do corte de 25% no IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), o item seguinte na lista de sugestões da indústria ao governo para atenuar a crise atual é o alongamento no prazo para o pagamento de impostos, um pedido que deve ganhar força nas próximas reuniões.
A avaliação é que o desejo inicial dos empresários, de chegar a um corte de 50% na alíquota, não cabe mais na mesa, pelo menos no curto prazo, e o ideal é concentrar os esforços em outro tipo de alívio.
Synesio Batista, presidente da Abrinq, que representa a indústria de brinquedos e tem atuado no diálogo com o Ministério da Economia, acha que o corte no IPI pode subir de 25% para 33% em breve.
"É fruto de uma confusão gerada pela Zona Franca de Manaus. Mas o governo pode avançar um pouco mais", afirma ele.
José Ricardo Roriz, da Abiplast (plásticos), diz que as empresas agora estão batendo na tecla do prazo.
"A indústria gasta muito mais para pagar juros de capital de giro para pagar impostos. Para cobrir a diferença entre a data em que ela recebe do cliente e paga imposto, tem que ir no banco pegar dinheiro. Esse juro é quase o dobro do que ela gasta com pesquisa", diz.
Joana Cunha com Andressa Motter e Ana Paula Branco
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.