A ANS (Agência Nacional de Saúde) determinou nesta segunda (4) que a Amil reassuma a carteira de planos individuais transferida para a operadora APS no fim de 2021 e início de 2022. Segundo a agência, são 330 mil beneficiários em São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná.
A ANS determinou ainda que seja suspensa qualquer atitude da Amil e da APS baseada no Contrato de Compra e Venda de Ações.
As determinações foram tomadas após a ANS examinar a documentação requisitada à Amil e à APS.
"A ANS constatou que os compradores das quotas da APS não têm capacidade financeira suficiente para garantir o equilíbrio econômico-financeiro da APS, de modo que a transação examinada expõe a risco a continuidade e a qualidade da assistência à saúde devida aos consumidores vinculados à carteira transferida", afirma a agência, em comunicado.
As operadoras Amil e APS poderão se manifestar dentro de dez dias. Após o prazo, a ANS decidirá em definitivo se anula a autorização concedida para a transferência de carteira e se adotará novas medidas.
Em nota, Seferin & Coelho, Fiord Capital e Henning von Koss, candidatos a compradores das quotas da APS, afirmam que esperam pela comunicação oficial da ANS para entender melhor as necessidades sobre a capacidade financeira do grupo.
"A negociação da transação de compra das quotas da APS prevê, como pilar fundamental, um aporte superior a R$ 2,3 bilhões em forma de caixa disponível na APS, de forma imediata. A este montante, se somam as possíveis receitas financeiras desse capital e as mensalidades pagas mensalmente pelos beneficiários, que somam R$ 3 bilhões ao ano", afirma o grupo na nota.
"Consideramos essa estrutura financeira sólida e única em empresas desse mesmo porte no setor, e que do ponto de vista atuarial o valor supera a necessidade para garantir estabilidade", dizem os candidatos a compradores das quotas da APS.
Joana Cunha com Andressa Motter e Ana Paula Branco
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