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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

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Descrição de chapéu congresso nacional

Câmara não criou bagagem gratuita em avião, diz representante de aéreas

Para presidente da Abear, se modelo antigo de despacho de mala voltar, Brasil espanta low costs

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São Paulo

O argumento que o setor aéreo vai usar para defender a manutenção do atual sistema de precificação do despacho de bagagem é exatamente o mesmo de cinco atrás, quando a Anac liberou a venda de uma categoria de passagens só com mala de mão.

Após a votação da Câmara nesta terça (26), que tenta resgatar o modelo antigo, executivos de empresas aéreas dizem que é mais democrático vender o bilhete sem mala porque é mais barato. Mas a questão do preço ficou complexa.

Antes da mudança, em 2017, o setor dizia que se a cobrança proporcional às malas do cliente fosse liberada, o preço da categoria sem bagagem cairia.

Mulher negra de cabelos cacheados, camisa branca e colete verde está com um medidor de malas na mão. O item parece um caixote e tem o formato de uma mala. Na outra mão, ela toca uma mala vermelha pertencente a uma outra mulher que está na frente dela. A passageira é uma mulher branca, que usa calça moletom, e camisa estampada. Ao lado delas, há dois outros fiscais parados.
Fiscalização de malas de mão, no aeroporto de Congonhas, em São Paulo - Jardiel Carvalho/Folhapress

O problema é que, na época, o dólar, que impacta os custos do setor, girava na casa dos R$ 3 e hoje ronda R$ 5, segundo Eduardo Sanovicz, presidente da Abear, que reúne empresas aéreas. O setor também atravessa um período de alta do combustível.

"O modelo de precificação atual prevê uma tarifa mais barata que as demais para quem viaja sem bagagem. O que se fez ontem na Câmara não foi criar bagagem gratuita. Se esse projeto passar no Senado, o custo do despacho será socializado entre os que viajam com bagagem e os que viajam sem. Mas todos pagam", diz Sanovicz.

O setor também argumenta que a liberação da categoria sem despacho é um modelo que funciona nos principais mercados mundiais, como Europa e EUA, e que o retorno ao sistema antigo pode espantar um movimento de entrada de empresas low cost no Brasil, que foi interrompido pela pandemia.

O texto ainda será apreciado pelo Senado –se não for votado até 1º de junho, perde a validade. ​

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