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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

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Descrição de chapéu Mercosul

Moeda única defendida por Lula não é a mesma de Bolsonaro

Membros da equipe do petista têm sido abordados para explicar proposta

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São Paulo

Membros da equipe econômica de Lula têm sido abordados por interessados de países vizinhos, curiosos para entender como funcionaria a tal proposta de criação de uma moeda única mencionada pelo petista.

A explicação é que a ideia não se assemelha às hipóteses já levantadas pelo ministro de Bolsonaro, Paulo Guedes, que no começo do governo apareceram na forma de uma moeda única para integração comercial com a Argentina, que seria o peso-real, a exemplo da Europa, para desembocar em moeda comum no futuro.

Tampouco seria algo parecido com o euro, porque não se trata de uma moeda comum a ser adotada obrigatoriamente pelos países, eliminando as moedas nacionais. A avaliação é que esse modelo atrapalha a autonomia das políticas monetárias.

Imagem mostra Lula, em cima de um palanque e em frente a um púlpito, discursando. Ele está usando blazer e camisa branca e gesticula com os braços. Atrás dele, há um telão verde e amarelo. Em frente ao palanque, pessoas apontam o celular para ele e filmam.
Ato de lançamento da candidatura de Lula e Alckmin à presidência da república - Marlene Bergamo/ Folhapress

A proposta estudada no entorno de Lula, que já foi introduzida em artigo na Folha escrito pelo ex-prefeito Fernando Haddad com o economista Gabriel Galípolo, seria afastar o protagonismo do dólar nas relações econômicas entre os países da América do Sul, criando uma moeda específica para o comércio entre eles.

As bases do projeto viriam, na história econômica, da versão de Keynes sobre uma moeda internacional na nova arquitetura do pós-Segunda Guerra.

Para quem acompanha os estudos no PT, a medida poderia impulsionar as relações comerciais na região em um momento em que as cadeias produtivas enfrentam rupturas provocadas pela pandemia e pela guerra da Ucrânia.

Joana Cunha com Andressa Motter e Paulo Ricardo Martins

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