Painel S.A.

Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

Salvar artigos

Recurso exclusivo para assinantes

assine ou faça login

Painel S.A.
Descrição de chapéu ameaça autoritária

Manifestação da Fiesp sobre democracia volta a criar tensão

No ano passado, manifesto da entidade sobre pacificação política provocou racha na Febraban

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

São Paulo

O presidente da Fiesp, Josué Gomes, ficou assustado ao saber que havia opiniões contrárias à iniciativa da federação da indústria de exaltar a democracia no texto das diretrizes para os presidenciáveis divulgado nesta semana. Mas a história recente da Fiesp mostra que o ruído em torno do assunto não é novidade, como aconteceu com o manifesto que rachou a Febraban em agosto do ano passado.

Na época, o presidente da Fiesp era Paulo Skaf, aliado de Bolsonaro, que articulava a redação de um documento para mostrar preocupação com a escalada na tensão institucional da ocasião. Era um recado difuso, que não apontava o dedo para um Poder especificamente, mas a todos simultaneamente. A ideia era atrair a assinatura de 200 entidades setoriais e sindicatos.

Imagem mostra fachada do prédio da Fiesp, onde há letreiros com o nome da entidade, junto com os nomes CIESP, SESI, SENAI. Dois patos infláveis gigantes estão no edifício.
Pato da Fiesp no prédio na Avenida Paulista em 2017 - Zanone Fraissat - 21.jul.17/Folhapress

Caixa e Banco do Brasil, porém, ameaçaram deixar a Febraban, caso a federação dos bancos aderisse ao texto. Pedro Guimarães, hoje fora da Caixa por causa das denúncias de assédio sexual, era um dos principais articuladores do desembarque.

No ruído desta semana, a Fiesp, atualmente no comando de Josué, incluiu no documento das propostas do setor para o próximo governo a mensagem de que a "estabilidade democrática e o respeito ao Estado de Direito são condições indispensáveis para o Brasil superar seus principais desafios".

O gesto foi mal recebido entre alguns membros da base preocupados em não irritar Bolsonaro.

Joana Cunha com Paulo Ricardo Martins e Gilmara Santos

LINK PRESENTE: Gostou deste texto? Assinante pode liberar cinco acessos gratuitos de qualquer link por dia. Basta clicar no F azul abaixo.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.