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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

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Ação no STF contra piso da enfermagem recebe reforço de novas entidades

Associação de combate ao câncer no Piauí pede para entrar como amicus curiae, após outras entidades

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São Paulo

Em meio à pressão do setor de saúde contra a lei que instituiu o novo piso da enfermagem no Brasil, mais uma entidade, a APCCAA (associação de combate ao câncer no Piauí), pediu para ingressar como amicus curiae (interessado na causa) em uma ação que pede a inconstitucionalidade do tema no STF (Supremo Tribunal Federal).

Além da associação do Piauí, a ADI (Ação Direta de Inconstitucionalidade), que foi proposta pela CNSaúde (Confederação Nacional de Saúde), já recebeu o apoio de entidades como as Santas Casas, hospitais filantrópicos e centros de diálise.

No pedido protocolado nesta quinta-feira (18), a APCCAA afirma que é uma instituição sem fins lucrativos, prestadora de serviços ao SUS e que trata quase 100% dos adultos e crianças com câncer no Piauí.

Corredores e posto de enfermagem do Hospital de Urgência de São Bernardo do Campo
Corredores e posto de enfermagem do Hospital de Urgência de São Bernardo do Campo - Adriano Vizoni - 11.set.2020/ Folhapress

O hospital São Marcos, um dos braços de apoio da APCCAA, é remunerado pela tabela do SUS, e a instituição diz que os preços não são atualizados há 17 anos, contribuindo para aprofundar o déficit financeiro. Aliado a isso, os avanços da inflação no setor e a alta do dólar ampliaram o descompasso financeiro do hospital.

Pelas contas da entidade, o impacto orçamentário mensal do novo piso da enfermagem será de R$ 1,3 milhão, cálculo feito sem levar em consideração ajustes indiretos que serão necessários para adequar a política salarial, diz a APCCAA no pedido ao STF.

"As instituições filantrópicas e neste caso específico a APCCAA – mantenedora do Hospital São Marcos, já em situação de déficit financeiro, ao não disporem de meios de arcar com os custos imediatos decorrentes da lei em questão, se veem obrigadas a diminuir seu quadro de empregados ou, na pior das hipóteses, encerrar suas atividades", afirma a entidade.

Joana Cunha com Paulo Ricardo Martins e Diego Felix

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