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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

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Descrição de chapéu petrobras

Queda no preço do diesel pode dar voto de caminhoneiros a Bolsonaro, diz líder da categoria

Para Wallace Landim, o Chorão, corte pode ajudar no combate à inflação

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Rio de Janeiro

O anúncio do corte de R$ 0,20 no preço do diesel nas refinarias pela Petrobras animou caminhoneiros foi bem recebido entre os caminhoneiros.

José Roberto Stringasci, presidente da associação de motoristas ANTB, diz que a categoria pode atribuir positivamente a Bolsonaro o corte no preço.

A baixa se somaria ao Auxílio Caminhoneiro, benefício dado pelo governo a esses trabalhadores meses antes das eleições.

Imagem mostra quatro caminhões parados em um pátio. Os caminhões são das cores amarelo, laranja, azul e vermelho. Há dois homens parados em pé perto dos caminhões.
Caminhoneiros na Ucrânia - Igor Tkachenko - 22.jun.22/Reuters

"Teve uma grande parte que mudou de pensamento, mas hoje uns 70% da categoria continua apoiando. E, com certeza, eles vão atribuir tudo que está acontecendo ao presidente", afirma Stringasci.

Ele ressalva que será necessário esperar para ver como a redução chegará aos postos de combustíveis.

Essa é a mesma avaliação de Wallace Landim, o Chorão, um dos principais líderes da grande paralisação de 2018. Segundo ele, caso chegue na bomba, a "redução pode ser positiva no combate à inflação".

Embora o preço da gasolina venha sofrendo consecutivas quedas, devido ao impacto do corte das alíquotas de ICMS sobre os combustíveis, o diesel continua em um patamar elevado, acima dos R$ 7 nas bombas dos postos.

O valor final do combustível no Brasil sentiu menos o recente corte de ICMS porque a maior parte dos estados já cobrava alíquotas menores do que o teto estabelecido pela nova lei.

Na semana passada, o preço médio do diesel nos postos recuou só 0,3%, para R$ 7,42, de acordo com a ANP. A queda nas últimas cinco semanas chegou a apenas 2% –ou R$ 0,15 por litro.

Há, também, forte pressão sobre o preço associada aos efeitos da Guerra da Ucrânia. Com cortes da Rússia ao gás natural fornecido para a Europa, o diesel vira substituto, estimula a procura pelo combustível e pressiona os preços antes do inverno no hemisfério norte.

Líderes de caminhoneiros pedem que a Petrobras mude a política de preços, que leva em consideração os valores de referência no mercado internacional.

Joana Cunha com Paulo Ricardo Martins e Diego Felix

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