Em meio às discussões sobre as regras dos vales refeição e alimentação no Congresso, Paulo Solmucci, presidente da Abrasel (associação de bares e restaurantes), diz que a possibilidade de o trabalhador sacar o dinheiro do benefício após 60 dias pode favorecer a agiotagem.
"Vai ser o maior mercado de agiotagem do país. A agiotagem já existia hoje em dia. Mas para descontar um vale-refeição, precisava ter uma empresa falsa, com CNPJ de bar, restaurante ou supermercado. Sacando em dinheiro, não vão precisar montar essa empresa. Ficou mais fácil ainda", afirma Solmucci.
Outra alteração que o preocupa diz respeito à portabilidade gratuita do serviço. Ficou definido que os trabalhadores poderão escolher o cartão pelo qual vão receber os benefícios.
Segundo Solmucci, isso beneficia diretamente o iFood, que deve oferecer cashback para atrair o consumidor.
Os estabelecimentos são contra a conversão do benefício em dinheiro porque receiam perder vendas.
Solmucci espera que as mudanças sejam barradas. Flávio Bolsonaro (PL-RJ), relator do projeto no Senado, já indicou que pode haver veto de seu pai, o presidente Bolsonaro (PL).
O empresário Pedro Lopes, dono da rede de supermercados Lopes, vai substituir Ronaldo dos Santos, membro do conselho dos Supermercados Covabra, que deixa a presidência da Apas (Associação Paulista de Supermercados).
Lopes, que é de Guarulhos (SP), quebra um período de 12 anos em que a instituição é presidida por empresários da região de Campinas.
A posse será no dia 31 de agosto, no Grand Hyatt, em São Paulo.
Joana Cunha com Paulo Ricardo Martins e Diego Felix
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