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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

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Vinícola chilena quer fazer do Brasil seu principal mercado com garrafa de R$ 40 a mais de R$ 1.000

Concha Y Toro envia 24 milhões de unidades ao país por ano atualmente

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Imagem mostra vinícola no Chile, no fundo estão montanhas.

Vinícola Concha Y Toro, que planeja tornar o Brasil seu principal mercado no mundo Divulgação

São Paulo

A vinícola Concha Y Toro quer fazer do Brasil seu principal mercado no mundo.

Em média, a empresa chilena manda para cá 24 milhões de garrafas de vinho anualmente. Nos últimos quatro anos, o volume cresceu acima de 15%.

O Brasil é hoje o quarto maior mercado em volume para a Concha y Toro no mundo, atrás do Reino Unido, dos Estados Unidos e do Chile. É classificado pela companhia como território que recebe foco e atenção do grupo em temos de investimento e prioridade.

Imagem mostra vinícola no Chile, no fundo estão montanhas.
Vinícola Concha Y Toro, que planeja tornar o Brasil seu principal mercado no mundo - Divulgação

Os três maiores estados consumidores de Concha y Toro no Brasil são São Paulo (25% do volume de vendas), Rio de Janeiro e Paraná. Com cerca de 18 milhões de garrafas vendidas ao ano, Reservado Concha y Toro, que tem custo médio abaixo de R$ 40, é o vinho importado mais vendido no país.

A marca Don Melchor, vinho considerado um dos cem melhores cabernets sauvignon do mundo, registrou no Brasil as melhores cifras da empresa em vendas mundiais.

"O Brasil é hoje foco absoluto de investimentos da companhia, e a corporação tem uma ambição clara de fazer do país o principal mercado para vinhos finos no mundo", diz Mauricio Cordero, CEO da VCT (Vinha Concha Y Toro) no país.

O consumo per capita de vinho no Brasil ainda é considerado baixo se comparado com o de outros países.
Estimativas da Ideal Consulting mostram que o brasileiro bebeu, no ano passado, em média, 2,64 litros. Os argentinos, 30 litros/ano. Os portugueses chegam a 69 litros anuais.

Justamente por causa desse baixo consumo que o mercado vê espaço para crescer em todos os segmentos de preço, mesmo em cenário econômico adverso.

"Vivemos uma situação dicotômica no mercado. O nosso país hoje enfrenta um momento desafiador do ponto de vista econômico, com inflação sendo um dos principais fatores que tem impactado o bolso do consumidor", disse ele. "Ao mesmo tempo, temos uma grande massa de pessoas que descobriram a categoria de vinhos durante a pandemia."

A chilena fez um evento, nesta semana em São Paulo, para promover vinhos voltados ao público de alta renda de Puente Alto, denominação de origem, onde cabernets sauvignon como Don Melchor e Marques de Casa Concha Heritage são produzidos.

Segundo Cordero, esses vinhos têm características do terroir proporcionadas pela proximidade à cordilheira dos Andes, no Vale do Maipo. O consumidor brasileiro paga por eles, em média, de R$ 1.350 e R$ 600, respectivamente. ​

com Roberto de Oliveira

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