A Starlink, empresa de satélite do bilionário Elon Musk, o dono do Twitter, não participou do chamamento público para a conexão de escolas distantes. O edital, da RNP (Rede Nacional de Pesquisa e Ensino) foi feito em conjunto com o Ministério das Comunicações.
Segundo a pasta, a empresa já tinha sinalizado que não conseguiria participar de qualquer tipo de certame antes de março de 2023 e, por isso, não se habilitou.
Como noticiou o Painel S.A., as empresas do ramo disseram que as regras do edital foram direcionadas para a Starlink.
Isso porque, segundo elas, as velocidades de conexão exigidas no edital para as conexões eram elevadas demais para que qualquer uma atuasse, sem cobrar a mais –o que a retiraria do jogo.
Ao final, apresentaram-se para a disputa a americana Hughes e a Viasat, que já opera no país em parceria com a Telebras no projeto Wifi Brasil.
As velocidades prometidas, no entanto, foram a mínima desejada –40 Mbps (megabits por segundo). O governo pretendia que se chegasse a 120 Mbps.
Ainda não se sabe quanto as proponentes cobrarão para conectar escolas, especialmente na Amazônia, com essa velocidade.
À coluna, o ministro das Comunicações, Fábio Faria, negou veementemente qualquer favorecimento para a Starlink. Disse que a ideia do edital era forçar as empresas a entregarem conexões mais rápidas e de melhor qualidade do que aquelas já existentes no mercado.
Segundo ele, abaixo de 40 Mbps de conexão, já há oferta nas escolas.
Julio Wiziack (interino) com Paulo Ricardo Martins e Diego Felix
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