O banco americano Park National Bank assinou um acordo de US$ 9 milhões (cerca de R$ 47 milhões), divulgado nesta semana pelo Departamento de Justiça dos EUA, depois de ser acusado de restringir a oferta de empréstimos hipotecários em bairros negros e latinos do estado de Ohio.
Segundo a queixa apontada pelo Departamento de Justiça do país, o Park National Bank teria limitado o crédito hipotecário nas regiões entre 2015 e 2021.
A ação contra o Park National faz parte de uma iniciativa do órgão americano anunciada em 2021 para combater a prática discriminatória no segmento. Seis casos de "redlining", nome pelo qual é conhecida essa prática, já foram identificados pela autoridade americana. No total, o valor dos acordos gira em torno de US$ 84 milhões (quase R$ 440 milhões).
"A denúncia alega que todas as agências e credores hipotecários do Park National na região de Columbus [capital de Ohio] estavam concentrados em bairros de maioria branca e que o banco falhou em tomar medidas significativas para compensar sua falta de presença física em bairros de maioria negra e hispânica", diz o órgão em nota.
De acordo com o governo americano, o banco concordou em investir a maior parte do recurso, US$ 7,75 milhões (R$ 40 milhões), em um fundo de subsídio para aumentar o acesso ao crédito para hipotecas, melhorias e refinanciamento, bem como empréstimos imobiliários e linhas de crédito, nos locais.
A instituição também terá que financiar projetos de educação financeira e aconselhamento de crédito, entre outras medidas.
Joana Cunha com Paulo Ricardo Martins e Diego Felix
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