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Jornalista e autor de "Escola Brasileira de Futebol". Cobriu sete Copas e nove finais de Champions.

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São Paulo segue o líder, mas ainda precisa se compactar

Time paulista tem dois pontos a menos que o Flamengo, 1º colocado

O São Paulo segue como perseguidor do Flamengo na luta pelo título brasileiro e os resultados da semana avalizam a ideia de que o time melhorou muito depois da Copa, por razões táticas e outras de hierarquia. Raí comanda a mudança. Diego Aguirre organiza o time, que ainda tem coisas a resolver, ou Nenê não seria substituído jogando copo d’água no chão. Você viu Nenê fazer isso na França?

Há mudanças de comportamento curiosas do jogador brasileiro aqui e na Europa. Todo mundo diz que foi para a Europa e aprendeu noções táticas e de comportamento. Mas no retorno ao Brasil, necas... Quer dizer que os jogadores acham que o Brasil é a república dos técnicos bananas?

Mas o São Paulo venceu o Cruzeiro no Mineirão. Neste ano, os cruzeirenses haviam disputado 21 partidas em casa e perdido duas, uma oficial, para o Grêmio.

Ainda há muita coisa para melhorar. Retrato do futebol brasileiro duas semanas depois da Copa, o São Paulo marca com as duas linhas separadas por vinte metros. O Cruzeiro joga mais compacto.

Mas o Brasileiro todo é assim. Há mais espaço aqui do que nos jogos da Liga dos Campeões, Copa do Mundo, Campeonato Espanhol, Alemão, Italiano, Inglês.

É preciso corrigir isso logo. É o resultado de uma temporada em que não se treina e doze técnicos são trocados em dezesseis rodadas. Não são os treinadores ultrapassados. Somos nós.

O São Paulo marca espaçado, mas forte. Fez dezoito desarmes contra o Cruzeiro, quinze no campo de defesa. Queria o contra-ataque e conseguiu dois gols assim. Éverton foi o melhor em campo. Ele participa do primeiro gol, feito por Diego Souza, e faz o segundo, após passe de Reinaldo. O São Paulo segue o líder.

O sol e o Flamengo

O Flamengo apresentou Vitinho no intervalo do jogo do Maracanã, contra o Sport. O placar do Maracanã apresentava 1 a 1, mas a festa foi para uma das contratações mais caras da história do futebol brasileiro. O clube pagou R$ 43 milhões ao CSKA, de Moscou, pelo atacante.

Contratar no meio do ano, no entanto, não tem sido tão útil quanto parece. O Corinthians do ano passado foi campeão mais mantendo do que reforçando seu time, caso idêntico ao do Palmeiras de 2016, do Corinthians de 2015, do Cruzeiro de 2013 e de 2014, do Fluminense de 2012, do Corinthians de 2011, do Flu de 2010...

O último campeão brasileiro que mudou no segundo turno e ganhou o campeonato foi o Flamengo, de 2009. Foi também o último a ganhar a taça demitindo treinador e contratando outro para seu lugar.

No fim de semana, nas praias do Rio de Janeiro, festejava-se o sol, porque as letras do astro rei são as mesmas de “Segue O Líder”. O bom humor carioca era o mesmo em 2016, quando se falava no cheirinho. Não virou perfume.

A diferença de 2016 para 2018 é que naquele ano o Flamengo não foi líder de nenhuma rodada. Desta vez, lidera há dez e foi o primeiro colocado em 13 das 16 rodadas disputadas. Sem Vinícius Júnior, o Flamengo teve boas atuações dos colombianos Marlos Moreno e Fernando Uribe. É candidato ao título.

A vantagem do São Paulo, como do Corinthians do ano passado, é não ter Copa Libertadores para jogar.

ROMERO CENTROAVANTE

Diferentemente do que fazia Carille, Loss escalou Romero como centroavante. Deu certo. O time seguiu no 4-2-3-1, com Jadson armando, com grande atuação de Pedrinho e impecável participação de Romero, autor de três gols. Ganha confiança antes do confronto da Copa do Brasil, quarta, contra a Chape.

LUCAS LIMA DIFERENTE

Lucas Lima festejou estar fisicamente muito melhor do que no início do ano. Fez gol e ajudou o Palmeiras, mas foi a quarta opção como meia. O interino Wesley Carvalho preferiu Scarpa pelo centro, Arthur pela direita e trocou Scarpa por Hyoran, antes de colocar Lucas Lima. O Palmeiras jogou bem contra o lanterna.

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