PVC

Jornalista e autor de "Escola Brasileira de Futebol". Cobriu sete Copas e nove finais de Champions.

Salvar artigos

Recurso exclusivo para assinantes

assine ou faça login

PVC

Dudu fica no Palmeiras e pode mudar referências

Atacante pretende virar lenda no time e jogar pela seleção brasileira

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Atacante Dudu renova seu contrato com o Palmeiras até 2023
Atacante Dudu renova seu contrato com o Palmeiras até 2023 - Cesar Greco/Ag. Palmeiras/Divulgacao

Palmeiras vai ganhar mais dinheiro com Dudu do que vendendo seu maior craque. A frase foi dita por um dos empresários envolvidos no processo de renovação de contrato do craque do Brasileiro 2019. O mesmo depoimento diz que não há chance de Dudu ir para a China neste ano. A renovação não é apenas a proteção contratual para o Palmeiras. Até que se prove o contrário, é a certeza de que Dudu ficará no Brasil até dezembro. O projeto é ganhar a Libertadores e sonhar com o Mundial.

A razão é que poderá realizar duas coisas: 1. Jogar pela seleção brasileira; 2. Ser lenda do Palmeiras. Há uma avaliação de quem trabalha com Dudu de que ele jogou mais, no segundo semestre, do que Willian e Douglas Costa. Por mais que tenhamos perdido o ponto de referência sobre o nível dos que atuam bem no Brasil, parece verdadeira a comparação com Douglas Costa. Foi titular em quatro de suas 14 participações no primeiro turno da Série A. Não fez gol nem deu assistência.

Dudu foi dono do Brasileiro. Há desnível com a Europa, mas aqui não é várzea nem China.

Se jogar na China, seu salário permitirá que nunca mais trabalhe na vida depois de ser jogador. Se for campeão da Libertadores pelo Palmeiras, também. Desde 2015, Dudu foi ponto de referência de um clube que só havia vencido um Paulista e uma Copa do Brasil no século. Em quatro temporadas, conquistou dois Brasileiros e uma Copa do Brasil.

Se o Palmeiras foi era Parmalat de 1992 a 2000, desde 2015 vive a era Dudu.

Não se chegou ao ponto de dizer que se pode manter grandes jogadores desta maneira. Globalização nos obriga a fazer parte do globo. Arthur no Barcelona? Vá e tenha sucesso. Paquetá no Milan, também. Mas se é possível fazer o pé-de-meia jogando no Brasil, o jogador fica. É balela que vai para a Europa pela cultura. Com salário empatado, jogadores ficam aqui fazendo churrasco com a família.

Só que a estrutura do futebol brasileiro está montada para todo mundo ganhar dinheiro nas vendas e nos retornos. Arana vai para o Sevilla para tentar ser recomprado um ano depois. Ganso pensa em retornar depois de três anos de fracassos na Espanha e na França. O Santos ganhou muito mais dinheiro com Neymar do que sem ele. O Palmeiras pode repetir isso, de modo diferente, com Dudu.

Na difícil hipótese de o Palmeiras ser campeão mundial com Dudu protagonista, inverte-se até o ponto de referência na histórica dupla Dudu e Ademir da Guia. Entraria Dudu II. O Mundial é um sonho quase impossível. Mas a Libertadores, não.

O passo real, atual, é montar o novo time, quando Ricardo Goulart puder jogar, na Libertadores. Felipão terá a opção de deixar todo mundo atacar, com um velocista pelo lado. Improvável. Ou usar um meia pela direita, para dar liberdade a Dudu, Goulart e um centroavante. Possível. O resto do time está montado. O reforço é a continuidade.

Em primeira análise, Dudu escolheu o Palmeiras para ter aqui sua “independência financeira”, chavão dos boleiros. Mas optou também pelo desafio de se tornar a sétima estátua nos jardins do Parque Antarctica, junto com Ademir da Guia, Marcos, Oberdan, Junqueira, Waldemar Fiúme e o velho Dudu.

Campinho da coluna do PVC de 21.jan.2019

CORINTHIANS MAL

É importante lembrar que Carille perdeu para o Santo André, em Itaquera, no início do trabalho há 2 anos. O Corinthians foi lento na troca de passes. Melhorou no 2º tempo, mas foi opaco na criação. Quando o Corinthians 2017 passou a ter mais a bola, foi quando perdeu oito jogos no 2º turno do Brasileiro.

NÃO É SANTOS

Sampaoli não é santo e todo mundo sempre soube. Mas o time joga mais do que a quantidade de satisfações que sua diretoria oferece. Contra a Ferroviária, controlou o jogo. Venceu. O São Paulo jogou no 4-1-4-1, com organização. Falta ainda achar mais espaço com a bola rodando e contra rivais mais fortes.

LINK PRESENTE: Gostou deste texto? Assinante pode liberar cinco acessos gratuitos de qualquer link por dia. Basta clicar no F azul abaixo.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.