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Jornalista e autor de "Escola Brasileira de Futebol". Cobriu sete Copas e nove finais de Champions.

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Jogo aéreo do Corinthians causa dependência

Carille disse que manteria a equipe, mas mudou os jogadores e a forma de jogar

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Dos nove gols do Corinthians em jogos oficiais de 2019, sete foram pelo alto. O primeiro contra o São Paulo nasceu de escanteio inexistente, a bola saiu antes de Clayson cruzar para Pedrinho. O segundo, cruzamento de Fágner, alcançou Gustavo. As bolas pelo alto para os zagueiros Manoel e Henrique, ou para Gustavo, são viciantes. Causam dependência.

Só que 7 dos 10 gols sofridos foram pelo alto. Como o de escanteio desviado por Pablo no primeiro pau, empate por 1 a 1 do São Paulo.

Num jogo fraco, o São Paulo trocou mais passes em Itaquera do que no Morumbi contra o Talleres. Estatística que desmente que Vagner Mancini pretenda time mais defensivo do que queria André Jardine.

Gustavo comemora gol do Corinthians na Sulamericana
Gustavo comemora gol do Corinthians na Sulamericana - Nelson Almeida/AFP

Não tem a troca insistente de passes desde o goleiro como estratégia, mas só montou equipes retrancadas em jogos desiguais. Como quando visitou o Corinthians pelo Vitória, em 2017, e venceu.

O São Paulo teve o mesmo desenho tático com Mancini que tinha com Jardine. William Farias como 1º volante, Pablo, Hudson, Hernanes e Éverton, com Carneiro na frente, invertendo o posicionamento com Pablo. Também teve o mesmo nível de criatividade: nenhum.

Mas foi a primeira vez que os titulares não tiveram nem Nenê, nem Jucilei nem Diego Souza. Contra o São Bento, também não. Mas eram os reservas. A derrota pode ter sido o fim da escravidão dos cansados.

No Corinthians, faltam certezas. Carille disse depois do empate contra o Racing que manteria a equipe. Mudou os jogadores e a forma de jogar.

No caso do Palmeiras, aos 10 do 2º tempo, em Araraquara, Felipão não tinha ainda admitido que a alteração do intervalo era seis por meia dúzia. Saiu Carlos Eduardo, nulo, entrou Felipe Pires. Saía a correria, entrava a velocidade.

Só que o Palmeiras precisava de alguém capaz de pensar o jogo. Felipe Pires, então, sofreu falta violenta, como já havia acontecido na segunda (11) com Scarpa. O Palmeiras reclama da violência com razão.

A lesão antecipou a estreia de Ricardo Goulart. Também mostrou o que Felipão pensa dele taticamente. Na entrada, Goulart foi escalado como meia, atrás de Borja. Dudu estava na esquerda e foi para a direta, Lucas Lima virou meia aberto pela esquerda.

Sua primeira grande jogada foi um toque de primeira. Deixou Borja frente a frente com o goleiro Tadeu, que fez grande defesa. 

O Palmeiras não jogou bem no empate por 0 a 0 em Araraquara e seu desempenho neste ano ainda não é bom. 

Quem quer falar de futebol?

Era para ser o confronto mais tático do futebol brasileiro de 2019. O Fluminense da posse de bola, de Fernando Diniz, controlou 71% do tempo. O Vasco não se resumiu à compactação, muito forte, de Alberto Valentim. Subiu a marcação. O gol do título da Taça Guanabara nasceu de uma falta cobrada por Danilo Barcelos, que nasceu de bola roubada por pressão na saída. Valentim também faz o Vasco moderno.

Não foi um grande jogo tecnicamente, mas teve conceitos modernos aplicados. Diferente dos técnicos inquietos, os dirigentes que deixaram o estádio vazio durante todo o primeiro tempo deveriam ficar quietos.

Marcelo em queda

Das últimas 9 vezes em que o brasileiro Marcelo foi escalado como titular no Espanhol, em 6 o Real perdeu. Aconteceu de novo na manhã deste domingo (17), contra o Girona. A impressão do técnico Santiago Solari é que Marcelo não está bem fisicamente. Por isso, foi reserva na Champions contra o Ajax.

Surpresinha

Mourinho mostrou surpresa com o futebol da América do Sul. No River e Santos, disse que seu destaque era o estádio. “Nunca vi tão vazio.” E olha que não viu o Maracanã. E que é português, onde estádios não enchem. Afirmou que Gustavo tem nível para a Europa. O Brasil segue melhor dentro de campo.

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