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Jornalista e autor de "Escola Brasileira de Futebol". Cobriu sete Copas e nove finais de Champions.

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Palmeiras cresce com base em chutes certos

Time de Felipão tem melhor pontaria do Brasileiro e lidera campeonato

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O Palmeiras tem o melhor ataque e a melhor defesa do Brasileiro, torneio que lidera. Na Libertadores, teve o maior índice de gols, a defesa menos vazada e o maior número de pontos da fase de grupos. No Brasileiro de 2018, foi campeão com o ataque mais positivo. Neste ano, tem o menor número de derrotas entre todos os times brasileiros. Tem gol de todo tipo. Os três anteriores, foram de fora da área.

A lista dos 44 gols do Palmeiras no ano tem 14 pela direita, 19 pelo centro, 11 pela esquerda, 15 de bola parada, seis de fora da área, 11 pelo alto, nove de contra-ataques...

O Palmeiras faz gol de todo jeito, mas nem sempre foi assim neste ano. No estadual, o time sofria muito mais para envolver o adversário e ser percebido como uma equipe que joga bem. O que mudou desde a eliminação para o São Paulo, no estadual, foi a pontaria. Isso é treino.

Hyoran e Dudu comemoram gol sobre o Santos, no Pacaembu, pelo Campeonato Brasileiro.
Hyoran e Dudu comemoram gol sobre o Santos, no Pacaembu, pelo Campeonato Brasileiro. - Amanda Perobelli-18.mai.19/REUTERS

O empate por 0 a 0 que definiu a eliminação do Paulista aconteceu no dia 7 de maio. O time não estava bem. Difícil ter certeza sobre as razões de os times brasileiros mudarem tanto o nível de desempenho durante a temporada. Tem a ver com mudanças constantes de elenco e filosofias de jogo, mas isto não se aplica no caso do Palmeiras, que tem o mesmo técnico desde julho e alcançou alto nível no segundo semestre de 2018, bem melhor do que no estadual de 2019.

O crescimento palmeirense tem índice que ajuda a entender: finalizações certas.

Santos e Fluminense são os melhores times em posse de bola e em chutes ao gol, mas a efetividade palmeirense é maior. São 27 chutes no alvo e 12 gols marcados, recorde de artilharia do campeonato até a 5ª rodada. A cada 4,1 finalizações, o Palmeiras faz um gol. O Fluminense precisa de 7,6 e o Santos de 11,6.

A comparação com santistas e tricolores se dá, porque é evidente o crescimento destas equipes, sob o comando de Sampaoli e Fernando Diniz. O Fluminense tem o maior número de passes, mas era acusado de rodar demais a bola e não ser agressivo. Isto até marcar 9 gols em 2 partidas especiais, contra Grêmio e Cruzeiro. O Santos é quem mais finaliza, mas desperdiça chances. São 48% de tiros fora do alvo.

No Paulista, o time de Felipão precisava chutar 11 vezes para fazer um gol. No Brasileiro de 2018, eram 7,3.

 
Bola parada no primeiro gol contra o Santos: 34% dos gols são assim
Bola parada no primeiro gol contra o Santos: 34% dos gols são assim - Folhapress
Contra-ataque no segundo gol: 20% nascem dessa maneira
Contra-ataque no segundo gol: 20% nascem dessa maneira - Folhapress

Quando fez o placar mais dilatado do estadual, contra o Novorizontino (5 a 0), Felipão disse que a diferença entre jogar bem e mal muitas vezes estava no acerto dos chutes. Naquela partida, os palmeirenses chutaram 14 vezes, 7 acertaram a meta e 5 viraram gols. Sábado, contra o Santos, foram 5 no alvo e 4 gols.

A aparência indica que Felipão mexeu na qualidade das finalizações nos quase catorze dias sem jogar, entre a vitória sobre o Melgar e o Junior de Barranquilla.

Na primeira passagem de Felipão pelo Parque Antarctica, Alex elogiava as jogadas treinadas repetidas em jogos. Era difícil ver. Felipão dividia o elenco em 3 filas e repetia cruzamentos e finalizações. Um dia, contra o Vasco, na Libertadores de 1999, Júnior cruzou, Paulo Nunes passou pela bola no primeiro pau e Alex marcou no segundo. Era igual ao treino.

Neste momento da temporada, está dando certo.

Sobe e desce

Todos os times do Brasil têm oscilações. O São Paulo teve neste domingo. Começou melhor que o Bahia, pressionou a saída de bola, criou boas chances, mas depois dos 30 min, começou a diminuir sua intensidade. Empatou por 0 a 0. Em 2016, Cuca foi campeão. Na 5ª rodada, tinha 2 derrotas.

Os veteranos

O Corinthians venceu, mas ainda não jogou bem. Entregou a bola ao time reserva do Athletico-PR, que finalizou 18 vezes contra 3 do Corinthians. Mas Carille tomou uma decisão justa: escalou meias. Ainda tem muita coisa para o Corinthians agradar à sua torcida. E também a Fabio Carille.

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