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Jornalista e autor de "Escola Brasileira de Futebol". Cobriu sete Copas e nove finais de Champions.

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Seleção de Tite terá jogos que valem tudo em 2020

Eliminatórias para a Copa do Mundo no Qatar serão duríssimas

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Tite tem agendada para este ano uma palestra em Bilbao, parte da agenda da Eurocopa na Espanha. Em fevereiro, assistirá nos estádios aos jogos das oitavas da Champions League e, logo depois, convocará seu time para as eliminatórias.

Por mais importante que seja um treinador brasileiro participar de seminários, eles só existirão se a seleção voltar a jogar bem. Depois da Copa do Mundo, houve poucas atuações incontestáveis. Contra o Peru, duas vezes, Coreia do Sul e, com boa vontade, Argentina, na semifinal da Copa América. Por mais alternâncias que tenha havido na partida, o Brasil ganhou jogo dificílimo.

A seleção estreará no Nordeste contra a Bolívia e terá a parte mais complicada das eliminatórias entre a quarta e sexta rodadas: Uruguai, fora, Colômbia, fora, e Argentina, em casa. Até lá, haverá Olimpíada e Copa América no caminho.

Em tese, ter vencido a última edição da Copa América, em 2019, deveria indicar não haver necessidade de ganhar o torneio na Colômbia e na Argentina, até porque o deste ano nem existia no calendário original. Justo seria deixar a seleção se concentrar nas eliminatórias, sem pressão pelos resultados no campeonato do meio do ano.

Seria assim se o Brasil fosse a França. Aquele país da Europa ocidental que perdeu a Eurocopa em casa, sustentou a pressão, manteve o técnico e conquistou a Copa do Mundo dois anos depois.

Da França e de Portugal, terra de Jorge Jesus, também vem outro ensinamento: a lembrança de que franceses e portugueses perderam para a Albânia no período de preparação para a Euro-2016. Na decisão, não estavam os albaneses, mas as duas melhores seleções que levaram a derrota com altivez.

O Brasil precisa mais do que aprender a conviver com altos e baixos comuns a todas as seleções. Deve reencontrar seu ponto mais alto. Tite é acusado de não renovar a seleção. Depois da derrota para a Bélgica, convocou 62 jogadores, dos quais 32 jamais haviam trabalhado na seleção. A renovação é de 51%, mais do que qualquer outro time nacional.

Há menos experiências na escalação titular, mas contra a Coreia do Sul, em novembro, 6 dos 11 não tinham sido chamados até a Copa da Rússia. O Brasil tem talento, juventude e conceito.

Houve quem afirmasse, na Copa América, que o Brasil tinha jogo reativo. Não tinha. As jogadas eram construídas a partir do primeiro passe de Alisson até a finalização. Mais justo pode ser afirmar que, no ataque, faltou agressividade. Talvez consequência do estilo posicional, não por ser reativo.

As eliminatórias serão duríssimas. Nos anos 1970, enfrentar a seleção peruana era arriscado, mas ganhar da colombiana, uma quase certeza. Nos 1990, os peruanos se enfraqueceram, e os colombianos se fortaleceram. Hoje, Gareca faz trabalho consistente, e Carlos Queiroz, também. Argentina, Paraguai, Chile... Não terá jogo fácil.

Talvez as atuações ruins depois da Copa tenham a ver com os amistosos. Parecia haver um certo desinteresse. O Brasil não é mais campeão mundial em jogos que não valem nada. O ano será de se provar em partidas que valem tudo.

Brasil contra a Coreia: metade não jogou a Copa
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Novo Palmeiras

Luxemburgo passou a semana treinando e mostrando sistemas modernos para atacar a recuperação de bola assim que perdê-la. Moderno não é fazer isso. É como fazer. Na prática, o Palmeiras vai se mostrar a partir de quarta-feira (15), pela Florida Cup, contra o Atlético Nacional.

Novo Corinthians

Será contra o New York City FC, também pela Florida Cup, que o Corinthians de Tiago Nunes se mostrará pela primeira vez, nesta quarta-feira (15). O meio de campo é o setor a ser observado. O técnico quer criação e velocidade. Tem de ser diferente do ano passado.

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