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Jornalista e autor de "Escola Brasileira de Futebol". Cobriu sete Copas e nove finais de Champions.

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Título da Florida Cup vale apenas pela confiança

Torneio de pré-temporada serviu para mostrar o que Luxemburgo pretende

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O Palmeiras de Vanderlei Luxemburgo apresentou uma carta de intenções, na Flórida. Quer jogar no ataque, marcar por pressão, ser moderno. O diretor Cícero de Souza encantou-se com os métodos de treinamento impostos por Luxemburgo em conjunto com o assistente Maurício Copertino.

Em campo, ainda não se viu um time insinuante, criativo, capaz de agredir o adversário o tempo todo. Mas é pré-temporada e, por ora, vale a demonstração do que se pretende. Falta mais profundidade pela esquerda, o que pode se resolver se o Palmeiras contratar Rony. O Athletico-PR confirma a proposta oficial, mas o negócio não é simples, porque o agente do jogador quer receber o equivalente a 50% do contrato.

Lucas Lima e Willian comemoram gol do Palmeiras na Florida Cup
Lucas Lima e Willian comemoram gol do Palmeiras na Florida Cup - Igor Castro-18.jan.20/Florida Cup/Divulgação

Enquanto não tem a solução, Luxemburgo descobre jovens jogadores. Wesley deu muito mais rapidez e levou mais perigo ao gol do New York City, no sábado (18), do que Raphael Veiga conseguiu no primeiro tempo.

Mas Luxemburgo tem dúvidas sobre a possibilidade de recuperar Lucas Lima, nove gols apenas em dois anos de Palmeiras. Raphael Veiga, como meia centralizado, pode ser uma solução. Ocorre que, na pré-temporada o treinador só o escalou aberto pela ponta esquerda.

No meio-de-campo, as novidades mais animadoras foram Patrick de Paula e Gabriel Menino.

Especialmente o segundo, titular contra o New York e no 2º tempo contra o Atlético Nacional, na quarta (15). Não erra passes e clareia a saída de jogo. Foi dele o passe de trivela com que se abriu a jogada do primeiro gol contra o New York.

Por mais que se repita que o Palmeiras não tem tradição em formar jogadores, 2 dos 3 maiores ídolos deste século nasceram na base: Marcos e Gabriel Jesus. A 3ª referência do século 21 é Dudu. Ele permanece e segue sendo o ponto central do ataque, sempre que está em campo.

Luxemburgo fala em mudar a fotografia do vestiário, metáfora para  mexer na estrutura dos que se acostumaram a sentirem-se donos do clube. Não é o caso de Dudu. Mas podia ser de Borja e Deyverson. O objetivo para mudar essa fotografia é  mistura entre os novos, como Patrick de Paula e Gabriel Menino, também Gabriel Verón, sobre quem Luxemburgo tem cuidado de só escalar como titular quando sentir a equipe firme o suficiente para proteger o jovem talento.

Os garotos vão se mesclar com Dudu, Felipe Melo, Wéverton, eventualmente Mayke e Diogo Barbosa. O elenco, dito melhor do Brasil antes da explosão do Flamengo, terá mix que se pretende saudável com a juventude dos vices brasileiros sub-20.

Dentro do vestiário, Anderson Barros dá convicção de que o ambiente terá relações humanas protegidas para quem tiver dedicação.

Não dá para ter certeza se vai dar certo antes de ver as partidas de competição. De qualquer jeito, ganhar a Copa da Flórida dá confiança. Não por vencer torneio de pré-temporada, mas por terminar na frente do Corinthians,  maior rival, e com investimento do porte de Luan.

Ganhar não pode servir para iludir. Mas pode funcionar para aumentar a confiança da torcida, num time que pretende nascer com conceitos diferentes dos anos recentes.

O Corinthians
O primeiro jogo, contra o New York, foi mais fácil do que contra o Atlético Nacional e deixou sinais firmes de que Luan está disposto ao trabalho. Cantillo também jogou bem. Como é pré-temporada, é muito cedo para ter certeza. Mas o Corinthians também deixou boa impressão.

As filas
Não são só Palmeiras e São Paulo que começam o estadual com sede de troféus, pelas ausências de títulos paulistas há mais de dez anos. O Santos não ganhou nenhuma taça nos três últimos anos. Se ganhar o estadual não satisfazia quando era bicampeão em 2016, agora é hora de voltar a vencer.

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