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Jornalista e autor de "Escola Brasileira de Futebol". Cobriu sete Copas e nove finais de Champions.

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Mbappé é estrela na estreia de Lionel Messi pelo PSG

Com o Real Madrid de olho, atacante francês marca dois gols em vitória de sua equipe

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A despedida de Mbappé foi o destaque da estreia de Messi. Com dois gols, o craque francês, aparentemente a caminho do Real Madrid, ofuscou o maior jogador do planeta, que entrou no lugar de Neymar, aos 20 minutos do segundo tempo.

Messi viajou para o norte da França para estrear contra a equipe que desafiou o Real Madrid de Di Stéfano e Puskas. Foram duas finais da Europa do Stade de Reims, time de Raymond Kopa e, mais tarde, Just Fontaine, contra a maior constelação dos anos 1950.

Era difícil dirigir o Real daquela época, a ponto de ter sido cinco vezes campeão europeu, com três técnicos diferentes, além do paraguaio Fleitas Solich, dispensado antes da final que valeu o penta.

Kylian Mbappé brilha no jogo de estreia do argentino Lionel Messi pelo Paris Saint-Germain - Franck Fife/AFP

Além de enfrentar o Reims, os técnicos argentinos são outra similaridade entre aquele Real e estes lumières da Cidade Luz, Messi e Neymar –e Mbappé, enquanto não viajar para Madri.

Luis Carniglia nasceu em Olivos, província de Buenos Aires, e ganhou duas Copas dos Campeões. Seu compatriota, Mauricio Pochettino, tem a árdua tarefa de fazer o Paris Saint-Germain entrar na história pela porta dos vencedores. O investimento já fez o PSG virar página dos livros, mas não se sabe se será por ganhar muitos títulos ou por perdê-los.

Pocchettino tirou a transferência da cabeça de Mbappé e levou-o para a estreia de Messi: “Ele está treinando bem para domingo”, anunciou. Mas o argentino começou no banco.

É uma arte administrar o vestiário. Treinadores recentes, como Unai Emery, não conseguiram.

Da aparente rixa Cavani-Neymar, logo depois da chegada do brasileiro, fez-se a paz Brasil-Uruguai, mas Emery se apoiava no baixo clero, jogadores jovens ou sem brilho, como Kimpembe, Rabiot, Berchiche e Lo Celso.

As estrelas percebiam sua insegurança e não aprovavam.

Nas oitavas-de-final da Champions de 2018, contra o Real Madrid, Emery manteve Lo Celso por 83 minutos, até sofrer o segundo gol, numa dividida em que o meia argentino foi levado de vencida. Cristiano Ronaldo marcou. Emery substituiu Lo Celso no minuto seguinte e não o escalou na partida de volta, em Paris. O PSG foi eliminado. Emery foi substituído por Thomas Tuchel.

Pochettino nunca padeceu da mesma fraqueza, mas não é um treinador consagrado. Depois de motivar Mbappé para a estreia de Messi, sua segunda missão será equilibrar o ataque.

Os gênios se entendem quando são geniais, e não geniosos. É o que se imagina da nova relação Neymar-Messi. A certeza de sucesso da dupla reformada virá na Champions League.

O primeiro sinal é de que Messi jogará no centro do ataque, com Neymar partindo da esquerda e Di Maria da direita. Essa é a impressão pela escalação original do jogo contra o Reims, com Di Maria, Mbappé e Neymar, nessa ordem.

campinhos do pvc 30 agosto 2020 - Mbappé no meio
Mbappé centroavante, enquanto estiver em Paris - Folhapress

Se for confirmada a venda de Mbappé, ele sai e entra Messi. Ficamos encantados quando sai Bruno Henrique e entra Michael, no Flamengo…

Mas pode ser diferente, com Neymar e Messi soltos e um time trabalhando por eles num 4-4-2. Não dá para ter essa certeza pela estreia, com Neymar em campo e Messi, no banco.

Messi ficou na reserva em apenas dois jogos dos 35 do Campeonato Espanhol da última temporada.

Ninguém perde por esperar por PSG x Manchester City, agendado para o Parque dos Príncipes, dia 28 de setembro.

campinhos do pvc 30 agosto 2020 - Messi no meio
Messi pelo meio e bem perto do gol. Pode mexer com Neymar - Folhapress

O MELHOR

Foram 8 goleadas em 14 jogos, 45 gols marcados, dos quais 29 no segundo tempo. Apesar dos primeiros tempos frágeis contra Grêmio e Santos, as últimas partidas reforçaram a certeza de que o Flamengo segue sendo o melhor time do Brasil.

MAIS RECEITA

Roger Guedes na esquerda, Renato Augusto e Giuliano nas meias e à espera de Willian. Não pode ser o fim da austeridade. Sem ser avalista de loucuras administrativas, o Corinthians precisava melhorar seu time e aumentar receita. Sem nunca gastar mais do que tem.

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