PVC

Jornalista e autor de "Escola Brasileira de Futebol". Cobriu sete Copas e nove finais de Champions.

Salvar artigos

Recurso exclusivo para assinantes

assine ou faça login

PVC
Descrição de chapéu Campeonato Brasileiro 2021

Flamengo mantém escrita e seguirá o Atlético-MG no Brasileiro

Equipe carioca vence o Palmeiras no Allianz Parque e amplia sequência invicta sobre rival

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Só uma vez na história houve freguesia maior do que a atual entre Flamengo e Palmeiras. São agora nove clássicos sem triunfos palmeirenses contra os rubro-negros. Entre 1983 e 1991, foram seis empates e quatro triunfos na época do time de Zico.

Desta vez, o Palmeiras não tinha nenhum de seus atacantes aberto pela esquerda. A estratégia de Abel Ferreira era avançar pelo lado oposto, jogar em cima de Ramon, o terceiro lateral do Flamengo, escalado pelas ausências de Filipe Luís e Renê. Quem dava largura pela esquerda era Piquerez, mas, logo de cara, ficou explícito que não haveria um marcador para Isla.

Michael, do Flamengo, comemora gol sobre o Palmeiras no Campeonato Brasileiro
Michael, do Flamengo, comemora gol sobre o Palmeiras no Campeonato Brasileiro - Carla Carniel/Reuters

Pois o Palmeiras fez 1 a 0, aos 14 minutos, em brilhante jogada de Wesley, que se deslocou da direita para a esquerda e se aproximou de Dudu. Apesar de jogar perto de Raphael Veiga, pelo meio, Dudu puxou o contragolpe para o gol.

No instante seguinte, o corredor aberto pela ausência de um ponta esquerda fez Piquerez adiantar-se e receber um passe para Everton Ribeiro, postado às suas costas. O cruzamento resultou no gol de empate, de Michael.

Foi um jogo de estratégias. O Palmeiras diminuiu seu índice de gols de contra-ataque, mas tem dificuldade para vencer jogos em casa. Parecia relação direta. As oito derrotas neste ano no Allianz Parque indicam um time que sofre para construir seu jogo quando enfrenta adversários que se fecham.

No entanto, o time de Abel Ferreira costumava fazer um terço de seus gols em saídas rápidas quando venceu o Grêmio, de Renato Gaúcho, na final da Copa do Brasil. No Brasileiro, marca só 20%.

Contra o Flamengo, uma análise simples indica ser dois mais dois. O rubro-negro tem a bola, o Palmeiras recupera e usa sua velocidade. Às vezes, dois mais dois é igual a cinco, como canta Roberto Carlos.

Abel Ferreira não optou por ter um centroavante porque não pretendia tirar o Flamengo do ataque. A tática parecia contraditória, porque seu melhor desempenho contra o rubro-negro aconteceu na Supercopa. Foi o único dos três encontros em que conseguiu ter mais posse de bola.

Dos adversários que enfrentou mais de uma vez desde sua chegada, o técnico só não venceu o Atlético-MG e o Flamengo. Também não tinha vencido o São Paulo, antes dos 3 a 0 das quartas de final da Libertadores.

Por outro lado, tinha vencido os duelos contra o Grêmio, de Renato, sempre com menos de 50% do tempo trocando passes. Venceu a Copa do Brasil contra-atacando.

A questão é que o Flamengo não é simplesmente o time de Renato. É de De Arrascaeta. Também de Gabigol, Bruno Henrique, Everton Ribeiro, mas cada vez mais do uruguaio. Difícil desgrudar a bola de seu pé.

O meia foi substituído aos 24 minutos, vítima do vírus Fifa, a sequência de jogos internacionais que provoca dores musculares. De Arrascaeta saiu de campo e o Palmeiras passou a circular a bola, com a posse subindo de 44% para 52%. Aproximou-se mais do segundo gol.

Acabou por sofrê-lo, cobrança de escanteio de Vitinho, Pedro ganhando dos dois zagueiros pelo alto. Dos 22 gols sofridos pelo Palmeiras no campeonato, um terço foi pelo alto.

Além disso, o time de Abel Ferreira não venceu nenhum dos seis primeiros colocados. Nenhum time sobrevive como candidato ao título nessas circunstâncias.

De Arrascaeta circula por todo o ataque do Flamengo
Arrascaeta circula por todo o ataque do Flamengo - Folhapress
Palmeiras diminuiu gols de contra-ataque para 20%
Palmeiras diminuiu gols de contra-ataque para 20% - Folhapress

Tanquinho

Cristiano Ronaldo já marcou quatro gols em dois jogos na temporada, dois por Portugal, dois na reestreia pelo Manchester United. É uma máquina, porque sabe que é uma marca. Quando está em campo, precisa estar bem. Consciência do corpo e da carreira é tudo para o atleta.

O anti-Flamengo

Cuca adiou a hegemonia do Flamengo ao ser campeão pelo Palmeiras, em 2016. Agora, é o candidato a evitar o tri rubro-negro. Ganhar do Fortaleza, último invicto como mandante, demonstra a força do Atlético. Principalmente treinando duas semanas sem sete convocados por seleções.

LINK PRESENTE: Gostou deste texto? Assinante pode liberar cinco acessos gratuitos de qualquer link por dia. Basta clicar no F azul abaixo.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.