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Jornalista e autor de "Escola Brasileira de Futebol". Cobriu sete Copas e nove finais de Champions.

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Abel Ferreira só tem uma opção na semifinal do Mundial

Palmeiras será favorito contra o Al Ahly, do Egito, então terá de se impor

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O texto de Abel Ferreira publicado no site The Coaches' Voice (A Voz dos Técnicos) em 2021 voltará à tona na semifinal do Mundial de Clubes. O treinador português do Palmeiras diz que é preciso saber escalar uma montanha, especialmente quando não se é melhor do que o adversário.

O problema é que o Palmeiras será favorito contra o Al Ahly, do Egito. Então, terá de se impor.

Ele já admitiu que o Chelsea é melhor do que o Palmeiras. A casca de banana do Al Ahly, terceiro colocado do Mundial de 2020, surpreendeu contra o Monterrey, do México, mesmo com seis desfalques, que representaram o Egito na Copa Africana de Nações.

Abel Ferreira gesticula durante a final da Libertadores contra o Flamengo, em novembro de 2021, em Montevidéu
Abel Ferreira gesticula durante a final da Libertadores contra o Flamengo, em novembro de 2021, em Montevidéu - Juan Mabromata - 27.nov.21/AFP

Abel Ferreira entende que Napoleão Bonaparte, um homem pequeno, quase conquistou o mundo graças às estratégias. Reconhecer o limite e estudar o adversário é fundamental, para o treinador português.

Ajudou a decidir a Libertadores contra o Flamengo .

Só que o Al Ahly jogará no mesmo sistema 5-4-1 usado por Abel em Montevidéu. As escapadas são rápidas pela esquerda, com Abdelkader. As diagonais dele, para o centroavante Mohamed e para o meia-direita Al Shahat, também representarão perigo.

Al Ahly, na defesa, vai bloquear Palmeiras com cinco defensores, com transição ofensiva rápida e chegadas no 3-4-3
Al Ahly, na defesa, vai bloquear Palmeiras com cinco defensores, com transição ofensiva rápida e chegadas no 3-4-3 - Núcleo de Imagem

Que ninguém mais repita o clichê de que os africanos são correria. Salah foi candidato a melhor jogador do mundo. O Mazembe e o Raja Casablanca foram finalistas de Mundiais de Clubes.

O Palmeiras tem de anular os contra-ataques do Al Ahly. Mais do que isso, achar espaço numa defesa que se fechará muito.

Quebrar linhas de cinco, como a do rival egípcio, exige paciência e rapidez nas trocas de passes. Uma opção são os lançamentos em diagonal, para inverter o lado da jogada sobre o quarto homem da defesa. Aquilo que Tite chama de "desdentar" a linha de cinco.

Raphael Veiga impressionou-se com a capacidade de Abel Ferreira para arquitetar a jogada do primeiro gol da final contra o Flamengo: "Fizemos a jogada no treino, cheguei atrasado na bola e levei bronca. Ele me disse que tinha de ir até a marca do pênalti, porque o cruzamento do Mayke ia chegar no meu pé."

A diferença é que o Palmeiras ensaiou a final contra os rubro-negros por quarenta dias e, desta vez, só teve certeza de que enfrentaria o Al Ahly no sábado (5). Por outro lado, enfrentou o mesmo rival na decisão de terceiro e quarto do Mundial há um ano.

Empatou sem gols, por não furar o sistema do treinador sul-africano Pitso Mosimane, assistente de Joel Santana na seleção de seu país, na Copa das Confederações de 2009.

Mosimane questiona por que razão o campeão da Libertadores tem lugar cativo nas semifinais dos Mundiais. Este é uma pergunta da Fifa, não do Palmeiras. Para Raphael Veiga, Dudu e Rony, o problema é fazer gols e explicar, em campo, por que razão os sul-americanos têm a preferência. Lembrar, com a bola no pé, que a América do Sul tem nove títulos mundiais de seleções e 26 de clubes, somando as 22 Copas Intercontinentais aos quatro da era Fifa.

Não exclui a lembrança de que a América do Sul perdeu cinco das últimas onze vagas nas finais. Só duas para africanos.

O Al Ahly será um rival perigoso para o Palmeiras. Exigirá artimanhas diferentes de Abel Ferreira. Desta vez, muitos desenhos e estratégias de ataque, para fazer gols e evitar contragolpes dos rivais do Egito.

15 mil em Itaquera

O melhor time do Brasil no futebol feminino, o Corinthians teve excelente atuação na estreia da temporada 2022, 3 a 0 sobre o Palmeiras. Tamires foi a melhor em campo. Mas a notícia foram os 13.800 torcedores na abertura da temporada.

Só uma vitória

Fábio Carille mudou o sistema tático do Santos contra o Corinthians e quebrou o tabu de 12 clássicos sem vencer em Itaquera. Manteve a estratégia e não ganhou do Guarani. Santos dependerá dos garotos, Ângelo e Marcos Leonardo.

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