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Jornalista e autor de "Escola Brasileira de Futebol". Cobriu sete Copas e nove finais de Champions.

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Descrição de chapéu Campeonato Brasileiro

Jogos dos líderes tiveram mais medo que ambição

Palmeiras, Atlético e Flamengo oscilam, enquanto Corinthians aproveita

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É o Campeonato Brasileiro do perde e ganha, em que o campeonato tem a menor pontuação de um líder depois de nove rodadas. Se você pensava num triangular entre Palmeiras, Atlético e Flamengo, eles seguem oscilando e deixando a primeira colocação para o Corinthians.

Alguém dirá que o desempenho deveria ter sido melhor depois de uma semana livre para treinos. Deveria. Só que uma semana depois de meses de desgaste pode servir para tirar o peso das costas em vez de se concentrar no trabalho.

Jogadores do Fortaleza comemoram depois de partida contra o Flamengo no Maracanã - Sergio Moraes/Reuters

Foi mais a marcação e menos cansaço o problema palmeirense, que melhorou no segundo tempo, mesmo sem fazer o suficiente para manter a liderança do Brasileiro, que está nas mãos do Corinthians. Como contra o Santos, na Vila, esteve longe de seu melhor desempenho. Pelo segundo jogo seguido.

O Atlético estudou cuidadosamente o Palmeiras para impedir o jogo preferido de Abel Ferreira. Durante todo o primeiro tempo, o dono da casa não conseguiu realizar nenhum desarme no campo de ataque. Só começou a se estabilizar depois dos 30 minutos, período em que subiu a posse de bola para 46% e finalizou sete vezes.

Nenhuma certa.

O Galo acertou apenas uma, de Allan, mas foi superior na primeira metade do jogo.

A perda de Raphael Veiga, aos 13 do primeiro tempo, atrapalhou muito o Palmeiras. Rony foi para a esquerda, Navarro de centroavante e Scarpa como armador. E faltava o meia mais criativo da equipe.

É difícil marcar Hulk e, sem Gustavo Gómez, convocado para amistosos do Paraguai contra Japão e Coreia do Sul, mais duro ainda. Hulk inventa gols. Até mesmo quando sai da área, como fez contra o Cruzeiro, na final do Campeonato Mineiro, ou na impressionante finalização contra o Avaí, pela oitava rodada.

Isso deu certo para Abel. Hulk não chutou em gol na primeira metade da partida. Terminou o jogo com apenas uma finalização.

Em tese, não há comparação entre o estágio atual do Palmeiras com o vivido nas semanas de semifinais da Libertadores. Isso deveria significar que o Allianz Parque visse seu time atacar o Galo, como não podia fazer há seis meses. O Atlético de Cuca era melhor do que é hoje, e o Palmeiras estava pior.

De novo, Abel sofreu para fazer seu time superar a estratégia do Galo.

Sem o mesmo número de desfalques causados pela data Fifa, o Atlético tinha um problema talvez mais importante: a lesão de Zaracho. Talvez para compensar a ausência de um articulador, que compete muito e ajuda nos desarmes, o técnico atleticano Antonio Mohammed trocou um atacante, Sasha, por um volante, Otávio.

Era a reação à melhora palmeirense na segunda etapa.

Pois levou cartão amarelo logo depois de entrar em campo e comprometeu um pouco mais a marcação do Galo.

Fato é que não se viu um confronto entre dois dos melhores times do país. A qualidade foi maior no Fla-Flu e em Corinthians x São Paulo, por exemplo.

O equilíbrio é o tom deste clássico. Nos quatro jogos em que os dois times titulares se enfrentaram, na Libertadores e nos dois últimos encontros de Brasileiro, houve quatro empates. Nesta altura da campanha, houve mais medo de permitir que o rival deslanche do que ambição de Palmeiras e Atlético, para assumir a liderança e demonstrar ser o maior candidato ao título.

Campinho com esquema tático
Na movimentação, Palmeiras leva até cinco para o ataque
Campinho com esquema tático
Hulk sai da área e exige marcação: inventa gols -

SANFONA CORINTIANA

Vítor Pereira não faz o jogo que gostaria. É competitivo, não bonito. Mas tem 18 pontos. O que mais funciona é a capacidade de mudar o sistema com os mesmos jogadores em campo. Na vitória contra o Atlético-GO, começou no 4-3-3, terminou no 5-4-1.

ROGÉRIO PISTOLA

Rogério Ceni tem razão em ficar bravo com o pênalti perdido por Calleri e pelo desempenho que caiu em um jogo quase ganho. A questão é entender se a cobrança fará com que o time entenda o comportamento necessário para vencer ou se piora.

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