Receitas do Marcão

Marcos Nogueira é jornalista profissional e cozinheiro amador. Escreve também no blog Cozinha Bruta.

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Receitas do Marcão

Chimichurri é o segredo do churrasco argentino; aprenda a fazer

Receita fácil e rápida leva alho assado, azeite, vinagre e ervas misturadas em vidro

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Se eu pretendo publicar aqui uma receita de cada país da Copa do Mundo, infelizmente preciso incluir a Argentina, então vamos logo com isso.

Brincadeira: adoro a Argentina, os argentinos e a comida argentina. Mas o que vem a ser comida argentina?

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Molho chimichurri com receita do Marcão - Marcos Nogueira

A primeira coisa que nos vem à cabeça é churrasco. Só que churrasco, a despeito das diferenças nos cortes da carne e nas técnicas de preparo, é mais ou menos a mesma coisa em qualquer lugar. Precisamos de algo mais típico.

Duas coisas fazem do "asado", o churrasco argentino, uma comida muito especial. A primeira é a presença das "achuras" (miúdos) na "parrillada" (churrasco misto): "mollejas" (timo), "riñones" (rins) e "chinchulines" (intestino delgado) são considerados iguarias. Eu passo para o item seguinte.

O que dá sabor único ao churrasco argentino é o chimichurri, molho à base de azeite, vinagre, temperos e ervas. Hoje em dia é fácil encontrar o chimichurri pronto, em potes, mas não é a mesma coisa que o caseiro —até porque, em geral, os ingredientes são inferiores.

Há também os preparados de tempero seco, vendidos para você misturar em casa com azeite. Vou dizer: usar alho e ervas frescos faz muita diferença no sabor. Salsinha seca não tem gosto de nada, e alho desidratado tem sabor de comida industrial.

As receitas de chimichurri variam bastante, com duas correntes principais: uma que leva apenas azeite e vinagre, mais comum de se ver no Brasil, e outra que acrescenta também uma salmoura. Vamos neste segundo tipo de chimichurri.

A receita a seguir é adaptada de uma que o chef argentino Francis Mallmann publicou em seu livro "Sete Fogos" (V&R, 2010).

Minha principal alteração foi dobrar a quantidade de alho —apesar disso, fica mais suave do que o original, pois o alho é assado. Também delego a um processador de alimentos o trabalho de picar o alho e a salsinha.

Mallmann diz para esperar um dia, até que os sabores se misturem bem, antes de usar o molho. Pode ser. Mas procure usá-lo rapidamente, em coisa de uma semana. Embora o chimichurri se conserve por muito tempo na geladeira, a salsinha perde o sabor fresco em questão de alguns dias.


Chimichurri de alho assado

Rendimento: cerca de 500 ml

Dificuldade: fácil

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Molho chimichurri - Marcos Nogueira

INGREDIENTES

2 cabeças de alho

1 maço de salsinha fresca

1 xícara de folhas de orégano (fresco ou seco)

1 colher (sopa) de sal

1 colher (sopa) de páprica doce ou defumada

60 ml de vinagre de vinho tinto

120 ml de azeite extravirgem

Água filtrada

PREPARO

1. Asse as cabeças de alho inteiras, a 200 ºC, por 20 minutos. Na air fryer, bastam 10 minutos a essa temperatura. Espere esfriar e descasque os dentes.

2. No processador, bata o alho com a salsinha.

3. Num pote de vidro de cerca de 500 ml (de azeitonas ou palmito, por exemplo), coloque o sal, o alho, a salsinha, o orégano, a páprica, o vinagre e o azeite. Espere os líquidos assentarem e complete com água. Tampe o pote e o sacuda bem. Se o volume reduzir, adicione mais água.

4. Guarde na geladeira e use em carnes e peixes grelhados.

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