Nesses tempos em que todo mundo sabe de tudo, até as pedras da Praça de São Pedro, no Vaticano, sabem que o papa Francisco assinou um contrato de confidencialidade. Como eu não tinha nada para fazer nesse feriadão da Páscoa, passei algumas horas fuçando na internet e acabei descobrindo uma cópia do tal documento, que segue abaixo:

"Jorge Mario Bergoglio, argentino, solteiro, nascido em 17 de dezembro de 1936 na cidade de Buenos Aires, doravante denominado simplesmente PAPA, e a V.E.R. (Vaticano Empreendimentos Religiosos), doravante denominada simplesmente VATICANO, firmam o presente contrato de obrigação recíproca de confidencialidade, mediante as cláusulas e condições seguintes:

1- Para fins deste acordo, estabelecem os contratantes que a expressão "informações confidenciais" significa quaisquer informações e dados relativos a negócios existentes ou em desenvolvimento entre as partes. E concordam que o controle dessas informações ficará subordinado aos seguintes critérios:

a) Não serão reveladas ou divulgadas, de modo algum, informações sobre a inexistência do INFERNO, com seus horríveis castigos e suas chamas eternas, assim como sobre a inexistência do DIABO, o Príncipe das Trevas, com seus chifres, seu rabo e seu cheiro de enxofre.

b) Não serão reveladas ou divulgadas, de modo algum, informações sobre a inexistência do CÉU, com suas nuvens brancas, seus belos anjos louros tocando harpa e suas outras amenidades.

c) Não serão reveladas ou divulgadas, de modo algum, informações sobre a inexistência de DEUS, com suas barbas brancas, sua onipotência, sua onipresença e outros superpoderes.

2 - O eventual descumprimento de qualquer cláusula deste contrato implica na condenação do infrator, que será obrigado a passar toda a eternidade assistindo a um show do DJ David Guetta, no Sambódromo, com o som a 200 decibéis, debaixo de um dilúvio, e sem direito a um voucher para entrar na Arca de Noé.

3 - As eventuais divergências relacionadas ao presente contrato, incluindo as questões e dúvidas sobre a própria existência deste documento, serão dirimidas pelo Supremo Tribunal Federal, na Comarca de Brasília."