Reinaldo Figueiredo

Humorista e cartunista, um dos criadores do Casseta & Planeta. É autor de “A Arte de Zoar”.

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Reinaldo Figueiredo

Surge um novo movimento: o jazzismo

Importantes lideranças jazzistas já articulam a futura tomada do poder

Recentemente dei uma olhada no grupo de WhatsApp da AALCRF (Associação dos Amigos e Leitores da Coluna do Reinaldo Figueiredo). Vi que ainda estão injuriados com a minha desistência da corrida presidencial e acham que o Brasil está do jeito que está por minha culpa.

Não tenho saco pra ficar digitando em celular, por isso vou responder aqui: Sim, confesso que amarelei. E não apenas eu. O Joaquim e o Huck também. Mas não adianta chorar sobre o leite sem lactose derramado. Vida que segue.

O que importa é que, lendo as mensagens do grupo, notei um fenômeno interessante. Dona Neusa, uma das fundadoras da AALCRF, está batalhando pela criação de um novo movimento social e popular: o jazzismo.

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Montagem sobre foto de Wilton Montenegro - Reinaldo Figueiredo/Folhapress

Segundo ela, é chegada a hora do jazz tomar o poder, mas Dona Neusa sabe que isso será fruto de um longo trabalho de esclarecimento da população. Para ajudá-la nessa missão, Dona Neusa está contando com a assessoria de um sobrinho que sabe mexer com internet, vídeo, Photoshop, redes sociais, essa coisa toda...E alguns membros da AALCRF já estão aderindo à causa.

Dona Neusa tem um projeto de tomada do poder, e seu sonho é transformar o Brasil numa jazzocracia, uma república jazzocrática, na qual as crianças poderão frequentar escolas sem partido, mas com jazz.

O movimento já tem seus heróis e seu lema. Aliás, o nome de um dos heróis faz parte do lema: "Victor Assis Brasil acima de tudo, Jazz acima de todos!".

Segundo Dona Neusa, é muito apropriado que o grande saxofonista e compositor já tenha, em seu próprio nome, o nome de nossa pátria. Segundo ela, se você tem um projeto de poder, tem que apelar para a emoção, e a música é o melhor caminho. Ela alega que, além de patriotismo, também é bom o movimento ter uma dose de militarismo. E assim, outro nome que será lembrado nas manifestações jazzistas é o do inesquecível trompetista Márcio Montarroyos, que era carinhosamente chamado pelos amigos de "O General".

Dona Neusa, só posso lhe desejar boa sorte. E, se tudo der certo, estamos aí.

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