Renata Mendonça

Jornalista, comenta na Globo e é cofundadora do Dibradoras, canal sobre mulheres no esporte.

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Renata Mendonça

A chance de ver craques da seleção

Torneio no Pacaembu é oportunidade de ver atletas como Marta e Formiga

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Acho que a primeira vez que vi de perto a seleção brasileira jogar eu já trabalhava como jornalista. 

Quando criança, não tive essa oportunidade. 

Os craques que eu via brilhar com a camisa do Brasil —Ronaldo, Ronaldinho, Rivaldo— jogavam na Europa, e era muito raro que um amistoso da seleção acontecesse em solo brasileiro.

Marta comemora com colegas de equipe após marcar contra a seleção da Itália na Copa do Mundo feminina de 2019
Marta comemora com colegas de equipe após marcar contra a seleção da Itália na Copa do Mundo feminina de 2019 - Philippe Huguen - 18.jun.2019/AFP

Desde que o time pentacampeão do mundo, aliás, virou um grande negócio para a CBF, os jogos passaram a ser cada vez mais distantes, no país que pagasse mais por isso.

Essa realidade não mudou ainda. Até mesmo os jogos da Copa América neste ano mostraram que é preciso ser muito sortudo (leia-se rico) para conseguir ir a um jogo da seleção no Brasil.

Os gritos de "defense", numa alusão ao que acontece na NBA (parece surreal, eu sei), mostram o quanto essa torcida está desconectada do time que veste a camisa canarinho. 

Mas tem uma seleção que despertou interesse e resgatou a paixão dos brasileiros neste ano.

 

Na Copa do Mundo feminina, disputada na França, muita gente "descobriu" uma legião de "novas" craques: Marta, Formiga, Cristiane, Thaisa, Tamires, Debinha.

Foram mais de 30 milhões ligados na TV torcendo para elas nas oitavas de final do torneio. 

Foram centenas de pessoas no aeroporto de Guarulhos em plena madrugada de terça-feira para recepcioná-las.

E agora há uma oportunidade única de ver todas essas craques em campo aqui pertinho.

Para quem viu Ronaldo in loco jogando pela seleção, já imaginou poder aplaudir de perto aquela que é seis vezes melhor do mundo desfilando o melhor de seu futebol em campo? 

Ver Marta jogar é um privilégio que nós brasileiros precisamos aproveitar ao máximo enquanto ainda há tempo.

Ela é simplesmente a maior jogadora de todos os tempos, e não é todo dia que você pode ver a história bem ali, diante dos seus olhos. 

E Formiga? Uma jogadora que se entregou nos últimos 24 anos pela seleção brasileira, que tem sete Copas do Mundo no currículo e que, aos 41 anos, esbanja fôlego dentro de campo.

A oportunidade de ver essas duas em campo está aí.

No dia 29 de agosto, ambas estarão no Pacaembu disputando um torneio amistoso, a estreia da treinadora sueca Pia Sundhage no comando da seleção brasileira.

Começa com Chile x Costa Rica, às 19h, depois o Brasil enfrenta a Argentina, às 21h30. 

A final será no dia 1º de setembro, também no Pacaembu, às 13h30. 

É a chance de quem não viu Ronaldo, Ronaldinho e Rivaldo de perto se esbaldar com o melhor futebol das craques que também já fizeram história com a camisa da seleção. 

O ingresso mais caro custa 26 reais.

Uma nova era no futebol das mulheres

Depois de nove meses sem comando, as seleções femininas sub-17 e sub-20 finalmente estão com novos treinadores. 

Ao menos a espera valeu a pena, os nomes escolhidos são muito promissores e incluem ex-jogadoras como Jéssica de Lima (auxiliar de Jonas Urias na sub-20), Simone Jatobá (comandante da sub-17, tem diploma de treinadora pela Uefa), Lindsay Camila (assistente, acumula experiência de mais de cinco anos treinando categorias de base femininas na França) e Maravilha (ex-goleira da seleção e a primeira preparadora de goleiras da CBF).

Finalmente o futebol feminino está indo para as mãos delas.

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