Renata Mendonça

Jornalista, comenta na Globo e é cofundadora do Dibradoras, canal sobre mulheres no esporte.

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Infelizmente, existe o movimento feminista

Mulheres com pelo no sovaco atacam novamente, e a vítima da vez é Robinho

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Foi revelado o escândalo de que todos já suspeitavam. O atacante Robinho não teve seu contrato com o Santos suspenso por conta do processo de violência sexual a que responde na Itália. Foram elas.

O movimento das mulheres com pelo no sovaco atacou novamente e fez com que o jogador fosse alvo de uma avalanche de críticas nas redes sociais. Vejam, o problema não foi o crime de estupro, do qual ele foi acusado e condenado em primeira instância na Itália. O problema foi o movimento feminista.

Ah, essas feministas. Agora não se pode nem transar com uma mulher bêbada e inconsciente em paz. Elas ficam com esse mimimi de "nossa, fui abusada". Mas na hora em que estava lá, de olhos fechados, praticamente desmaiada, enquanto um homem forçava um pênis na sua boca, não falou nada.

Tem mulheres (nesse movimento) que não são nem mulheres, para falar o português claro. Aí, nessas horas, um jogador de futebol é acusado de violência sexual e elas acabam com a vida dele. Ele foi condenado em primeira instância, com algumas provas um tanto ou quanto contundentes sobre o crime, mas quem realmente está acabando com a carreira dele é esse movimento feminista. As mulheres que odeiam homens.

Você vê... o Cuca, hoje treinador, foi acusado de envolvimento em um crime de estupro na Suíça quando era jogador em 1987 e recebido com festa pela torcida em Porto Alegre. Imagina se as feministas tivessem naquela época a força que têm hoje?

Em 2016, o meia Wescley, do Ceará, foi denunciado pela ex-esposa, então grávida. A acusação era de estupro e lesão corporal grave. Até hoje ele joga no clube.

Em 2018, o atacante Juninho foi contratado pelo mesmo clube sob protestos das torcedoras (olha aí, essas feministas), e o presidente do Ceará, Robinson de Castro, disse naqueles tempos: "Contratei para jogar futebol, não para casar com a filha de ninguém". Em 2019, o goleiro Jean foi preso em flagrante, acusado de agredir a ex-mulher em viagem aos EUA com a família, e acabou demitido do São Paulo, onde era reserva, por pressão delas. Mas foi contratado pelo Atlético-GO, onde hoje é titular.

Só que o barulho dessas feministas foi crescendo e encontrou eco em algumas jornalistas esportivas. Aí chegou às redações. E eis que simplesmente o maior veículo de comunicação do país resolveu investigar a história de Robinho. O repórter Lucas Ferraz leu o processo, como a própria advogada do jogador havia orientado a fazer. Vieram à tona as provas usadas pela juíza para justificar a condenação em primeira instância.

Robinho quando jogava no Milan, em setembro de 2013
Robinho quando jogava no Milan, em setembro de 2013 - Olivier Morin - 28.set.13/AFP

Aí essas feministas foram longe demais e passaram a pressionar de novo os patrocinadores do Santos para rescindirem o contrato com o clube. No fim do dia, Robinho, que havia prometido um gol ao presidente, precisou adiar o cumprimento da promessa.

Vocês entendem o que esse movimento causa? Não se pode mandar mulher calar a boca mais. Não se pode gritar um "gostosa" na rua. Agora, o sexo tem que ser bom para elas também. Ah, e elas têm que querer, viu. Se não, fica esse negócio de acusar de estupro. Ficam dizendo que não é não. Oras, cadê aquela premissa que sempre aprendemos: "a mulher diz não quando, na verdade, quer dizer sim"?

Elas querem trabalhar e não querem cozinhar. Querem dividir tarefas. O feminismo veio para acabar com a ordem que existe desde que o mundo é mundo: elas servindo, eles mandando; elas caladas, eles gritando; eles machões, elas apanhando.

Olha o que o movimento feminista faz. Elas começam a ter voz, e Elza Soares grita: "cê vai se arrepender de levantar a mão pra mim". Começam a ter força. Infelizmente, tem gente que não gosta disso. Fazer o quê? Mulheres unidas incomodam. Vamos incomodar ainda mais.

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