Encantado com o uso frequente do video assistant referee (VAR) na Copa do Mundo, Luiz Inácio Lula da Silva chamou agentes da Polícia Federal e, com os dedos indicadores, desenhou um quadrado imaginário no ar. "Tem que ter árbitro de vídeo pra mim também!", pediu.

No programa Papo com Zé Trajano, o ex-presidente explicou: "Meus amigos e minhas amigas, as seleções da Suécia e da França tiveram pênaltis claríssimos que não foram marcados. O juiz, com muita humildade, consultou o VAR e mudou de opinião. Voltou atrás e marcou os pênaltis. Os gols foram decisivos para as vitórias de Suécia e França. Portanto, tenho a convicção de que o VAR também vai fazer a Justiça brasileira repensar suas convicções", explicou o ex-presidente, em carta.

O Instituto Lula convocou Bessias para enviar as gravações dos embates com Sergio Moro para a Fifa.

"Está claro que Moro estava impedido quando expulsou Lula das eleições", comentou Paulo Okamoto. Em seguida, olhou para o lado e perguntou: "Pode isso, Renan?". "A regra é clara. Lula foi derrubado dentro da área pela mão invisível do mercado. É golpe!", respondeu Renan Calheiros.

Em nova carta, Lula fez um desafio: "Nunca antes na história do video assistant referee uma injustiça foi colocada à prova com tanta relevância. E vou além: se o árbitro de vídeo encontrar alguma prova contra mim, eu coloco a jararaca entre as pernas".

Em anexo, o ex-presidente também enviou a imagem de uma conhecida sobremesa para que o VAR desse o parecer definitivo: "É pavê ou pácomê?", questionou Lula, em ofício.

Gleisi Hoffmann, presidenta do PT, sugeriu os próximos passos. "Caso a punição de Lula seja mantida pelo árbitro de vídeo, recorreremos ao VAR-Palmares", ameaçou.

A ex-presidente Dilma Rousseff completou o raciocínio: "Sempre que você olha um vídeo, há sempre uma figura oculta, que é um cachorro atrás, o que é algo muito importante".

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