Um grupo de cientistas da Nasa anunciou hoje a incrível descoberta de vida interior na candidata Marina Silva. "Ondas de ultrassom emitidas pela nossa base secreta na Amazônia já haviam encontrado água, seiva e glúten no organismo da candidata. Mas agora encontramos provas concretas de que há vida ali dentro", explicou Wallace C. Armstrong. A comunidade científica reagiu com espanto.

No início do ano, a Nasa já havia se debruçado sobre as propriedades do buraco negro que sugou Marina de todas as conversas e projeções eleitorais. "Ela passou muito tempo em segundo lugar nas pesquisas. Mas nada orbitava ao seu redor. Marina não gerou revolta nas redes sociais por ser interrompida no Roda Viva. Não defendeu torturadores. Não foi presa pelo Sergio Moro. Não deu pescotapa em nenhum membro do MBL. As pessoas sequer apontam sua falta de carisma, ninguém a chama de Chuchu orgânico", explicou Armstrong em um comercial da Prestobarba.

Em seguida, o cientista americano detalhou a pesquisa que culminou com a espantosa descoberta.

"Primeiro, encontramos a partícula de Deus em seu DNA. Ela transmitia o evangelho para seu sistema nervoso central", explicou, erguendo uma Bíblia.

Animados, os cientistas notaram, na etapa seguinte, que os lactobacilos continuavam vivos quando Marina ingeria Yakult.

Como prova definitiva da existência de vida em Marina Silva, a Nasa divulgou um vídeo feito por uma sonda robô. Nele, a candidata dava uma topada com o dedo mindinho num bloco de mármore. "Ela soltou um grito agudo seguido de um palavrão. Há vida ali dentro", explicou Armstrong.

Em posição de lótus, Marina Silva reagiu. "Eu não sou uma pessoa, sou o zeitgeist", afirmou, enquanto hipnotizava um mangangá. Em seguida, sumiu em uma cortina de fumaça não tóxica.

No final da tarde, um documento ultrassecreto divulgado pelo Quinoaleaks mostrou que centenas de perfis ligados à candidatura de Marina foram apagados pelo Facebook. E ninguém notou.

Contador

Estamos trabalhando há 142 dias sem saber quem matou —e quem mandou matar— Marielle Franco.