Renato Terra

Roteirista e autor de “Diário da Dilma”. Dirigiu o documentário “Uma Noite em 67”.

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Renato Terra

PT escala Adnet para imitar Lula

'Isso a Justiça não pode impedir', desabafou Gleisi Hoffmann

Em nova carta ao povo brasileiro, lida por Gleisi Hofmann, Lula faz um apelo dramático: "Ficamos todos mesmerizados com as imitações que Marcelo Adnet fez dos outros candidatos. Esse Adnet foi um dos maiores achados do meu governo. O Brasil precisa, neste momento histórico, que ele encarne o Lula nos palanques e na propaganda eleitoral. É a maneira mais rápida de transferir popularidade para o companheiro Haddad".

Em seguida, em tom cívico, Gleisi Hoffmann anunciou: "Já preparamos uma barba branca, uma faixa de presidente e um pedalinho".

Ilustração
Débora Gonzales/Folhapress

Após uma pausa dramática, completou: "Pelas barbas do profeta, isso o TSE não pode impedir. Pelo amor dos meus filhinhos". Renan Calheiros aprovou a ideia.

Enquanto aguarda resposta do humorista, o PT orientou Haddad a fazer cosplay de Lula. O candidato petista vai deixar a barba crescer e afetar voz rouca para conferir veracidade ao lúdico disfarce.

"Já sei falar 'recessão', 'corrupção' e 'sonegação' com a língua presa. Isso a elite deste país nunca vai engolir", discursou Haddad, enquanto convocava uma greve no ABC.

Haddad também entrou num curso intensivo de metáforas futebolísticas e prometeu, inspirado em JK, transferir a Capital Federal para Curitiba. Animado, apresentou-se como o "novo" dentro da política. "Nunca antes na história deste país um vice assumiu durante a campanha eleitoral. Isso, por si só, já é uma baita novidade."

A pedido do PT, a Petrobras construiu uma plataforma de extração de carisma na carceragem da Polícia Federal. Um caminhão abastecerá diretamente o candidato Fernando Haddad. A obra foi financiada pelo BNDES, tocada pela Odebrecht e gerida pela Sete Brasil. Como havia urgência, não foi feita licitação.

Se nada disso ser certo, Haddad estuda ser preso para aumentar sua popularidade.

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Estamos trabalhando há 182 dias sem saber quem matou —e quem mandou matar— Marielle Franco.

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