Renato Terra

Roteirista e autor de “Diário da Dilma”. Dirigiu o documentário “Uma Noite em 67”.

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Renato Terra
Descrição de chapéu Eleições 2018

Semana dos candidatos

Todo domingo este espaço vai satirizar a agenda dos presidenciáveis

Alvaro Dias injetou botox de peroba para enaltecer seus traços apolíneos e sua verve jovial no Jornal Nacional. Mas foi informado por assessores que não seria entrevistado por Bonner e Renata. Correligionários não conseguiram identificar se sua expressão facial era de alívio ou frustração. Incansável, tentou uma ponta em Malhação. 

Cabo Daciolo, na segunda-feira, criou o Jornal Nacional. Na terça, bradou: “Haja luz”, e houve luz sem a necessidade de construir a hidrelétrica em Belo Monte. Na quarta, eliminou Flamengo e Corinthians da Libertadores. Na quinta, afastou a frente fria do Rio de Janeiro. Na sexta, entrou para o Tinder.

Ciro Gomes, em contato com o azul índigo do cenário do JN, entrou num estado de transcendência que produziu um raro alinhamento com seu terceiro chacra. De tão tranquilo, Ciro flutuou 5 centímetros da cadeira, de onde conseguiu admirar as auras de Bonner e Renata. No resto da semana, reuniu-se com assessores para criar um programa com a finalidade de limpar o nome de Carlos Lupi.

Fernando Haddad comprou 12 mil cutucadas no Facebook, 15 mil hectares no FarmVille, investiu em influenciadores digitais para mudar a percepção pública da obra de Jorge Vercillo e de José Dirceu. No final da semana, criou uma nova rede social em que Lula poderá concorrer à Presidência.

Geraldo Alckmin treinou reações e respostas diante do espelho, diariamente, antes de sua entrevista no JN. As sessões duravam 3 minutos, tempo necessário para —invariavelmente— o candidato babar num sono profundo. O PSDB cogitou trocar o rosto do candidato pelo de Selena Gomez na propaganda eleitoral.

Jair Bolsonaro distribui pelo WhatsApp uma corrente denunciando uma seita neohomossexual que, em conluio com a Globo, pretende trocar o Menino Maluquinho por Pabllo Vittar nas bibliotecas infantis. Em seguida, apresentou uma medida eficiente para acabar com a pobreza. “É só deixar livre a linha de tiro”.

Marina Silva submeteu sua agenda a um plebiscito.

Contador

Recebemos um abaixo-assinado de gerentes do Itaú Personnalité destacando que esta já é a terceira coluna que não dá espaço para João Amoêdo. Em solidariedade, ignoramos Guilherme Boulos e aquele careca do MDB.

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