Ricardo Melo

Jornalista e apresentador do programa 'Contraponto' na rádio Trianon de São Paulo (AM 740), foi presidente da EBC (Empresa Brasil de Comunicação).

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Descrição de chapéu mídia

A Rede Globo está entre a cruz e a caldeirinha

Grupo desmonta o elenco para tentar ficar no azul das contas

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Talvez pior do que colunistas de política sejam os colunistas de mídia e TV. Estes escrevem qualquer coisa, citam fontes inexistentes e criam fábulas como se fossem enredos de novelas reais. Recusam-se a enxergar o que está a olhos vistos.

A última desta turma é sobre a saída de Tiago Leifert da Globo. Todos embarcaram na história em que ele decidiu procurar “novos caminhos” depois de 15 anos na emissora. Antes disso, venderam a balela de que Faustão pendurou as chuteiras porque queria novos desafios.

Tudo mentira. Faustão pediu o boné porque propuseram cortar seus ganhos num momento em que a Globo luta para sair do vermelho. Com o cofre cheio, Faustão foi cuidar da vida.

Com Leifert foi um pouco diferente. Uma das poucas novidades da emissora, sempre foi tratado como um stand by. Para quem é mais velho e conhece futebol, é como se fosse um Fedato do Palmeiras ou um Lima do velho Santos. Fica no banco de reservas para as eventualidades.

Engana-se quem pensa que Leifert saiu do nada. É filho de um diretor comercial da emissora. Graças a isso, sempre teve caminho aberto para suas aventuras devido à sobrenomecracia. Haja inveja nos bastidores.

Mas se deu bem. Além das costas quentes, exibiu talento onde se meteu. É inegável que mostrou empatia, apareceu como um personagem simpático e conquistou admiradores. Inimigos então...

Leifert certamente sonhava em ser sucessor de Faustão, ou daquele Caldeirão insuportável, ou algum programa permanente como The Voice. Para isso, porém, teria que cortar salários seguindo as diretivas de Jorge Nóbrega, o novo manda-chuva da vênus platinada.

Uma criatura que conhece tanto de televisão e mídia como um jardineiro entende de eletrônica e stream.

A Rede Globo vive uma encruzilhada. Basta ver os intervalos comerciais. A maior parte é preenchida de calhaus da própria programação que explica a aparente “oposição” de sua grade jornalística.

Quem enxerga um pouco mais longe vai tratando de desembarcar de um barco indo a pique. Ou prestes a virar de lado como tem sido a história do grupo.

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