"O ambiente político em Brasília ao fim da tarde de ontem era de expectativa. O ministro do Exército enviou mensagem a todos os comandos do país recomendando a adoção das providências necessárias para manter, a todo custo, a ordem e a lei.
* Passeata em SP foi pacífica.
* O titular do Exército sustentou a necessidade de intervenção federal na Guanabara [atual município do Rio]. O governador comunicou-se com o comando do Exército, solicitando a ajuda de tropas federais para restabelecer a ordem.
* Já em vigor os novos preços de gasolina e lubrificantes.
* A baixa dos juros corresponde ao interesse geral da economia brasileira. Delfim diz que país vai bem na área econômica. BID recomenda que o Brasil exporte mais. Imposto de Renda agirá contra firmas de dupla contabilidade.
* Brasil não sabe se fica com Terceiro Mundo.
* Servidores públicos aguardam a correção de uma situação que consideram injusta, a desigualdade de vencimentos entre funcionários do Executivo e do Legislativo. Professor quer melhor salário.
* Sarney move ação contra jornalista.
* Esgotam-se as passagens para sair de São Paulo. Ferrovia Rio-São Paulo: no fim da fase de estudos. Prefeito aprova firmas que vão planejar metrô. Foi instalado na esquina da alameda Barros com a avenida Angélica um semáforo controlado por radar. Comissão estuda política contra a poluição das águas dos rios paulistas.
* TSE julgará recurso de cassação em maio. Projeto impede impugnação após a posse.
* Lula escalado mesmo contundido.”
Está aqui um país que muda mas não muda. A história atual se escreve com as mesmas palavras usadas pela Folha em abril de 1968.
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