Samuel Pessôa

Pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia (FGV) e da Julius Baer Family Office (JBFO). É doutor em economia pela USP.

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Samuel Pessôa

Derrubando os muros no dia seguinte

Uma Agenda Inadiável traz diagnósticos e propostas de políticas públicas

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Nesta segunda-feira (1º), haverá o lançamento do ebook "Uma Agenda Inadiável", produzida pelo Derrubando Muros.

Derrubando Muros (DM) é um grupo apartidário e diverso de 103 pessoas, entre ativistas, cientistas, comunicadores, acadêmicos, empresários e políticos, dedicado a discutir soluções possíveis para o futuro do Brasil. Acredita que, apesar dos enormes desafios sociais e econômicos, é possível implementar ações impulsionando o que existe de positivo no país em economia verde, inovação, energia, saúde, educação.

O DM parte do princípio de que o Brasil tem jeito e que a sociedade civil há muito assumiu o protagonismo na elaboração dos melhores diagnósticos setoriais e proposições de políticas públicas para nossos problemas crônicos.

Trabalhador ao lado de painéis solares flutuantes na fazenda hidro-solar Sirindhorn Dam, administrada pela Autoridade Geradora de Eletricidade da Tailândia, em fevereiro de 2022 - Jack Taylor/AFP

Todos os integrantes do DM atuam de forma voluntária e aberta a novas contribuições. O coletivo se posiciona como "articuladores da última milha", recolhendo contribuições existentes e as organizando para chegarem até os formuladores das políticas públicas.

No ebook o leitor encontrará diagnósticos e propostas de políticas públicas para: educação, saúde, segurança pública, economia verde, indústria, empreendedorismo, inovação, energia, mundo "figital" e geopolítica. Esses capítulos foram escritos pelos melhores pesquisadores e profissionais das respectivas áreas.

Como aperitivo, vão aqui os primeiros três parágrafos do capítulo "Figital", de Silvio Meira:

"É estranho, sabemos! Parece que o título deste texto está errado: experimente, leitora e leitor, pronunciar em voz alta esse termo [Figital]. Pois é, soa estranho mesmo. Entretanto novos arranjos demandam novos termos.

Assim como até o século 16 não existia o termo ‘descobrimento’, até o começo desta década, anos de 2020, não havia razão clara para chamar algo de ‘figital’. Estávamos todos habituados a pensar em dois termos apenas: analógico ou digital.

Este texto que está agora diante de você, leitora e leitor, serve tanto para apresentar esta nova ideia como para justificar por que devemos, no Brasil, afeiçoar-nos a ela: o mundo que chegará em 2023 será crescentemente figital".

Para mim, coube a parte menos interessante e que, infelizmente, ainda está conosco: a construção de um equilíbrio macroeconômico e a adoção de reformas microeconômicas que gerem ganhos de produtividade e queda da desigualdade.

Equilíbrio macroeconômico deveria ser o mesmo que um bom juiz de futebol: tão discreto, silencioso, ponderado e comedido que as pessoas esquecem que ele lá está. Transpondo a figura futebolística, deveria representar acordos tão consolidados de nossa sociedade que não saberíamos que o tema existe. Sobrariam tempo e energia para que a sociedade se concentrasse no fundamental: saúde, educação, segurança, entre tantos temas de importância primeira.

Procurei firmar alguns acordos mínimos. O primeiro e mais importante, pois trata-se de pré-requisito, não fim, é a estabilidade fiscal. O Estado tem que ser solvente, isto é, tem que ser capaz de pagar sua dívida pública sem ter que recorrer ao imposto inflacionário.

O DM não se pronunciou sobre o desenho específico da construção de uma posição fiscal estruturalmente solvente: se por meio de aumento de impostos ou via reformas que reduzam o gasto público; se mais concentrado no início do próximo mandato ou mais diluído ao longo do tempo. Essas são escolhas políticas que o Congresso e a nova liderança para próximo quadriênio farão.

​O lançamento pode ser acompanhado nesta segunda, às 15h, neste link. O ebook pode ser baixado em www.derrubandomuros.org/.

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