Sandro Macedo

Formado em jornalismo, começou a escrever na Folha em 2001. Passou por diversas editorias no jornal e atualmente assina o blog Copo Cheio, sobre o cenário cervejeiro, e uma coluna em Esporte

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Paris Saint-Germain não tem Mundial... nem Champions

Qual o maior fiasco dos franceses: o 6 a 1 para o Barcelona ou a eliminação para o Real?

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Mon Dieu! As torcidas do resto do mundo podem continuar cantando que o Paris Saint-Germain não tem Mundial… nem Champions. O que aconteceu na quarta, na eliminação para o Real Madrid, é daquelas coisas que praticamente não têm explicação entre times do mesmo nível. Ou tem, apagão, amarelão, branco (branco e amarelão são cores correlatas em derrotas no futebol).

Em 180 minutos, dá para dizer que o PSG jogou melhor durante 150 deles, com 2 a 0 a favor e várias chances perdidas. E em 15 minutos, o Real Madrid salvou os jornalistas que gostam de usar o ditado manjado "camisa tem peso", com cortesias do goleiro Donnarumma (não foi falta, quando goleiro quer jogar com os pés como jogador de linha, está sujeito aos trancos do jogador de linha) e do zagueiro Marquinhos (que continua o melhor do Brasil, mas teve dia muito infeliz).

Os torcedores do PSG já podem até fazer uma enquete especial: qual o nosso maior fiasco diante de espanhóis na Champions? A) Perder de 6 a 1 para o Barcelona após vencer a primeira por 4 a 0; ou B) Perder para o Real com três gols de Benzema em 15 minutos após marcar 2 a 0 no agregado. Eu ainda vou de letra A, mas tem muita gente que já aposta na B.

Considerando que o PSG já foi eliminado da Copa da França nas oitavas de final e que o time está 157 pontos na frente na Ligue 1, dá para dizer que a temporada do clube está chegando ao fim apenas com mais um chocho título nacional, num campeonato que quase parece um Paulistinha; talvez o Paulistinha tenha mais candidatos ao título.

Se bobear, as cabeças devem começar a rolar antes mesmo do fim do campeonato. A eliminação na Champions deve fazer o professor Mauricio Pochettino voltar à Premier League —ou no Manchester United ou novamente no seu querido Tottenham. Já falam há algum tempo que Zidane é o nome de preferência para substituí-lo, mas Zizou estaria de olho na seleção francesa.

Mbappé está fora. Viu de perto a torcida do Real Madrid e já deve estar se imaginando no uniforme branco na próxima temporada.

A questão é se Neymar vai pedir para sair de novo ou se resolve ficar num time que será mais fraco do que o deste ano —não tem jeito de perder Mbappé e ficar mais forte, nem contratando o decisivo Deyverson.

Marquinhos lamenta a derrota para o Real Madrid, no Santiago Bernabéu, pela Champions League
Marquinhos lamenta a derrota para o Real Madrid, no Santiago Bernabéu, pela Champions League - Susana Vera - 9.mar.2022/Reuters

Apesar de Messi e Mbappé no time, a impressão é a de que Neymar é sempre o mais cobrado na hora da derrota. Talvez o valor fenomenal da multa que o time pagou para tê-lo pese mais, ou o fato de o brasileiro ter deixado o time na mão algumas vezes (por contusões), ou de ir às redes sociais e falar mais que a boca.

Sanções
Volto a dizer que há uma certa hipocrisia na punição a atletas russos como uma "sanção" indireta pelo conflito provocado pelo doido Vladimir Putin contra a Ucrânia. Sou a favor de qualquer punição contra a Rússia e sua guerra insana, mas, veja bem, é fácil banir o Spartak Moscou da disputa da atual Liga Europa, como a Uefa fez. É fácil excluir russos e bielorrussos de disputar as Paralimpíadas, como o COI fez. É muito fácil demitir o barbeiro russo Nikita Mazepin da Fórmula 1 —e um alívio para os outros pilotos e pintores de carros—, como a Haas fez.

Mas e se Mazepin fosse o principal nome da categoria e movimentasse dezenas de patrocinadores? Será que teriam a mesma atitude? E se algum russo dominasse algum esporte de alcance mundial e fosse o número 1, como, digamos… o tênis? Alguém proibiria o número 1 do tênis de jogar? Aparentemente, não.

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