Tati Bernardi

Escritora e roteirista de cinema e televisão, autora de “Depois a Louca Sou Eu”.

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Tati Bernardi
Descrição de chapéu É Coisa Fina

Se puder, fique em casa e dê risada

Veja dicas de séries e perfis que fazem humor de qualidade em tempos sombrios

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Marcelo Adnet e o seu brilhante “Sinta-se Em Casa”, disponível na Globoplay e no Instagram @marceloadnet0, entrarão para a história como melhor comediante e melhor programa de humor em tempos sombrios de pandemia e bolsonarismo. Sua imitação do presidente é tão perfeita que agora, quando escuto a voz do verdadeiro Jair, penso que ele está imitando a imitação feita pelo Adnet.

Marcelo também é perfeito como Moro, Alckmin, Boulos (“e o movimento dos sem wi-fi?), a galera “top” do Leblon (os lebloners), Lula, Marina Silva, Dilma, Trump, Dinho Ouro Preto cantando mal a música do Queen, Ariel Palacios, Guga Chacra e, por Deus, sua paródia do Ciro Gomes, “isso dá trilhão”, é disparada a maior alegria desse 2020.

Marcelo Adnet na série Sinta-se Em Casa
Marcelo Adnet na série "Sinta-se Em Casa", da Globoplay - Reprodução/Globoplay

“Sala de Roteiro”, do escritor Antonio Prata (inspirado na crônica “Brasil, Sala de Roteiro”, publicada neste jornal ), disponível no YouTube, e “Diário de um Confinado”, do Bruno Mazzeo e da Joana Jabace (e com as participações gloriosas de Fernanda Torres e Debora Block), na Globoplay, também são ótimos exemplos de que é possível fazer humor de qualidade apesar de tanta desgraça.

O genial Rafael Infante voltou com tudo para o Porta dos Fundos. Seu personagem Carlinhos Avelar, um apresentador histérico e fofoqueiro, traz furos de reportagem (e um ótimo resumo da confusão agitada que é a nossa política) no “Plantananã”. Ainda do mesmo canal, “Quarentena com Dona Helena” também é ótimo.

Fábio Porchat, que sempre vale a pena (e até sua mulher já roubou a cena recentemente passando abaixada de toalha atrás dele, em uma live com o Guilherme Boulos), continua mandando muito bem no “Que História é Essa, Porchat?”, no GNT.

No Instagram, tenho me divertido bastante seguindo a #mininovela do perfil @pedrocapedroca (do ator Pedroca Monteiro). Nela, por exemplo, Conrado, o Confinado, ficou doidão de tarja preta, fez compras exageradas na internet e mandou nudes sem querer para a dentista.

No YouTube, Max Petterson Monteiro (que saiu do Cariri e foi fazer piada em Paris) é o meu preferido. Desde que ele entrou em um banheiro luxuoso na Europa e falou “eu vim fazer xixi, mas acho que vou é cagar”, ganhou meu coração. Na mesma pegada “nordestino na Europa”, eu passo mal de rir com o podcast “Chá com Rapadura”.

Para me sentir menos mal por ter feito o pior almoço possível, sigo @chefsnaquarentena. Para entender como meu marido, um sonhador tranquilão de Peixes, pode ser tão insuportavelmente diferente de mim (que sou taurina com ascendente em Áries e prefiro mil vezes fazer logo a ficar pensando), sigo @debocheastral. Para rir de fofurinhas, sempre espio @frasesdecriancas (uma delas, de 8 anos, disse que “a tatuagem de hena também poderia ser chamada de alce”).

No Facebook, tenho gostado do “Diário de Bolso”. Na hora de ver Netflix ou outras plataformas de streaming, fico de olho em tudo e qualquer coisa com os nomes Ricky Gervais, Steve Carell, Will Ferrell, Hannah Gadsby, Lena Dunham, Tina Fey, Rachel McAdams, Kristen Wiig e Judd Apatow.
Por favor, Nexo e revista Gama, queremos mais Laurinha Lero. Já ouvi tudo dela mais de mil vezes. E estou passando mal com seus últimos relatos da quarentena.

Uma dica mais millennial é seguir @coisaspvchapado, @saquinhodelixo, @soueunavida.

Ah, minha mãe mandou dizer que nada supera o perfil do padre Fábio de Melo (@pefabiodemelo).

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