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Cronista esportivo, participou como jogador das Copas de 1966 e 1970. É formado em medicina.

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A degola dos técnicos

Para ter bom conjunto, é preciso unir atletas de estilos que se completam

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Real Madrid e PSG fazem nesta quarta (14), na Espanha, a primeira e tão esperada partida pelas oitavas de final da Liga dos Campeões.

Nos últimos jogos, Cristiano Ronaldo voltou a fazer muitos gols. Na goleada por 5 a 2, no sábado, sobre a Real Sociedad, Casemiro foi poupado —estava no banco de reserva—- ou Zidane testou o sistema tático com dois meio-campistas (Kroos e Modric), mais um meia de cada lado, para enfrentar o PSG? Assim, os dois laterais, Marcelo e Carvajal, ficam mais protegidos, ainda mais que, no PSG, os dois atacantes pelos lados são Neymar e Mbappé. Habitualmente, o Real atua com três no meio-campo e três na frente.

Muito mais importante para os torcedores de Grêmio e Vasco são os jogos desta quarta, respectivamente, contra Independiente, na Argentina, pela Recopa Sul-Americana, e Jorge Wilstermann, pela Libertadores, em São Januário. Mais importante ainda para os carnavalescos é a apuração de votos das escolas de samba do Rio.

O Palmeiras, seguindo o modelo dos grandes times europeus, tem alternado a marcação mais recuada com a mais adiantada. Além de aprimorar a maneira de atuar para enfrentar os fortes adversários, dá menos chances de ser surpreendido pelos pequenos, no Estadual.

O Palmeiras tem alternado também a formação no meio-campo: entre aquela com um volante (Felipe Melo) e dois armadores (Tchê Tchê e Lucas Lima) e uma outra com dois volantes (Felipe Melo e Tchê Tchê) e Lucas Lima mais avançado. Felipe Melo é bom jogador, pois desarma muito, se posiciona bem e tem um rápido e excelente passe.

Mas pedir sua convocação não se justifica, já que a seleção tem, na posição, outros muito melhores, Casemiro e Fernandinho. Além disso, há sempre um risco aumentado de Felipe Melo, na Copa, ter uma privação de consciência e ser expulso.

O Flamengo tem adotado também a formação com um volante (Cuellar) e dois meias (Diego e Paquetá), que fazem dupla ofensiva e defensiva com os dois Évertons pelos lados. O Cruzeiro, no último jogo, também experimentou essa formação, com Henrique centralizado, mais Robinho e Mancuello. É uma opção para Mano Menezes, com Ariel Cabral no lugar de Mancuello e um trio ofensivo (Thiago Neves, Fred e Arrascaeta).

O São Paulo tem alternado também a formação com dois volantes (Jucilei e Petros) e com um volante (Jucilei) e dois armadores (Petros e Cueva). Petros avança, mas não tem talento para isso. Cueva, ao contrário, é bom meia avançado, mas sem força física para marcar e atacar.

O São Paulo tem jogadores habilidosos do meio para frente (Diego Souza, Nenê e Cueva), mas que atuam bem só em pequenos espaços, com curta troca de passes. O tempo é necessário para formar um bom conjunto, porém, mais importante ainda é unir características de jogadores diferentes que se completam. Isso explica por que alguns times se formam rapidamente, enquanto em outros isso nunca ocorre, mesmo se treinarem por longo tempo.

Começou a degola dos treinadores, superdimensionados nas vitórias e nas derrotas, por torcedores, dirigentes e parte da crônica. Ao mesmo tempo em que é contra a demissão exagerada dos técnicos, a imprensa estimula a saída, com especulações e críticas diárias, recorrentes, como se os treinadores fossem os únicos ou os maiores responsáveis pelos insucessos.

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