Tostão

Cronista esportivo, participou como jogador das Copas de 1966 e 1970. É formado em medicina.

Salvar artigos

Recurso exclusivo para assinantes

assine ou faça login

Tostão
Descrição de chapéu Copa do Mundo

A dúvida é se Tite fará alguma mudança

Coutinho foi, novamente, o destaque da seleção brasileira

Belo Horizonte

Apesar de uma tosse persistente e de uma rouquidão, resultados de uma bronquite, estou melhor, pronto para a maratona de jogos desta sexta (22), que começa com Brasil e Costa Rica.

Antes da partida, a TV mostra imagens da seleção dentro do ônibus, feitas por Neymar, no caminho para o estádio, com os jogadores cantando e tocando samba. Nos anos 1960, ocorria o mesmo, sem celular.

Quando chegam ao estádio, começam os rituais, as superstições, também como no passado. Alguns ficam excitados, falam muito, enquanto outros preferem o silêncio. Pelé esticava as canelas e fechava os olhos. Era proibido importunar a fera. Não sabia se ele dormia e se sonhava com o belo gol que faria.

Começa a partida. Assisto ao lado de meus queridos filhos e dos queridos amigos de meus filhos. No primeiro tempo, o Brasil foi lento e fraco. Criou uma única chance de gol. Pela direita, Willian não estava bem, e Fagner não passava para receber a bola.

Neymar driblava muito, caía muito, reclamava muito e jogava pouco. Paulinho estava apagado, e Gabriel Jesus, perdido entre os zagueiros. A Costa Rica marcava com uma linha de cinco atrás, outra de quatro e ainda criou uma boa chance em um contra-ataque.

No segundo tempo, o Brasil atuou muito bem. Criou inúmeras chances, desde o início, antes mesmo das substituições. As chances foram tantas que era quase impossível o Brasil não ganhar. As bolas sempre procuravam o goleiraço Navas. As mudanças foram boas, mas Paulinho saiu depois de fazer duas eficientes jogadas, que quase resultaram em gols. Firmino teve participação importante no primeiro gol. Douglas Costa jogou bem, mas gosto mais dele pela esquerda. Nos acréscimos, a seleção marcou duas vezes. Ufa! Que sufoco! Por muito pouco, o Brasil dependeria da vitória contra a Sérvia.

Coutinho foi, novamente, o destaque da equipe. Além de fazer um gol, jogou bem, de uma intermediária à outra, durante toda a partida, sem se cansar. Essa evolução aumenta muito a eficiência dele e da equipe.

Neymar teve ótimos e ruins momentos. Continua com as reclamações, os chiliques. Corre grandes riscos de levar outros cartões. O sistema defensivo continua muito bem.

O Brasil esteve muito perto de golear a fraca Costa Rica, mas também de empatar. Isso é preocupante. A dúvida é se Tite vai fazer alguma mudança.

Tópicos relacionados

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.