Conheceremos nesta quarta (30) os finalistas da Copa do Brasil. Como o Palmeiras piorou nos últimos jogos e o América tem atuado bem, além de jogar em casa, não existe favorito.
O Palmeiras tem mudado demais a equipe, por causa da Covid-19, das contusões, do absurdo número de jogos e das dúvidas do treinador Abel Ferreira, já que, no bom elenco, existem jogadores do mesmo nível em quase todas as posições. Apenas o goleiro Weverton e o zagueiro Gustavo Gómez são insubstituíveis.
O América, comandado por Lisca Doido, une o jogo coletivo e pragmático com a ótima qualidade individual, na média, para um time da Série B, e com pitadas de emoção e loucura do técnico. Alguém disse que, se o treinador do América se chamasse Lisca El Loco e falasse espanhol, já haveria cinco clubes da Série A interessados em sua contratação.
Não há também favorito entre São Paulo e Grêmio. O time gaúcho tem a vantagem de um gol, mas o São Paulo tem atuado melhor, além de jogar em casa. O São Paulo, por recuperar rapidamente a bola e por ter um time compacto, que troca muitos passes curtos, se desgasta menos que as outras equipes, uma das razões de o técnico Fernando Diniz, assim como acontecia com Jorge Jesus, no Flamengo, não precisar poupar jogadores, como fazem outros treinadores. As outras equipes, quando perdem a bola, correm para trás, percorrem maiores distâncias e se cansam mais.
O lateral Reinaldo, do São Paulo, fará falta, assim como o volante Maicon, do Grêmio.
Na primeira partida, o Grêmio, saindo de suas características, priorizou a marcação mais forte e mais de perto. Provavelmente vai repetir a estratégia.
O meio-campo é a alma e o coração das duas equipes. O coração é uma bomba que envia sangue com oxigênio, pelas artérias, para todo o corpo, tecidos e células. O sangue retorna pelas veias, ao coração, passando antes pelo pulmão, onde é oxigenado. É a vida, percebida pelas batidas do coração e pela pulsação das artérias.
Assim como o coração leva o sangue para todo o corpo, o meio-campo leva a bola para todos os cantos do gramado, para os jogadores de todas as posições. O meio-campo contrai e relaxa, sístole e diástole, acelera e cadencia, alterna a ousadia com a prudência, a razão com o sonho. É a vida.
Eterno craque
Alex, craque no Palmeiras, no Cruzeiro, no Coritiba, no Fenerbahçe, da Turquia, e em outros times, se despediu do ótimo programa Resenha, da ESPN Brasil, e anunciou que vai começar a carreira de treinador. Ele se preparou muito para o novo desafio. Tem grandes chances de dar certo.
Alex, dentro e fora de campo, se caracteriza pela lucidez, seriedade, criatividade e muita técnica. Jogava como se olhasse a partida de cima. Era armador e artilheiro. Alex era minimalista, pois, com poucos movimentos, executava lances belíssimos e eficientes.
Tenho uma curiosidade em saber se os times dirigidos por Alex terão um clássico meia de ligação (meia ofensivo ou meia atacante), como ele jogava, entre os volantes e os zagueiros adversários.
Nos últimos tempos, com a diminuição dos espaços e o aumento da intensidade do jogo, os grandes times, em todo o mundo, fizeram a junção do meia com um dos volantes, formando um armador que joga de uma intermediária à outra. Gosto de chamá-los de meio-campistas.
Se o time comandado por Alex tiver um clássico meia de ligação com o enorme talento que tinha o jogador Alex, o técnico terá de escalá-lo.
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