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Cronista esportivo, participou como jogador das Copas de 1966 e 1970. É formado em medicina.

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Atlético sabe unir o presente e o passado, o possível e o desejado

Time dirigido por Cuca não é inovador; é eficiente

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O Cruzeiro está muito mal no futebol, mas espetacular no vôlei, tetracampeão mundial. "É tetra!"

O Atlético, após ganhar o Estadual e o Brasileiro, é quase campeão da Copa do Brasil. A equipe não tem segredos. Executa bem o que é planejado, de acordo com as orientações de Cuca, que sabe mudar a escalação e os detalhes no momento certo.

O Atlético possui hoje um elenco superior ao do Palmeiras e um time titular, considerando o individual e o coletivo, melhor do que o do Flamengo.

O Atlético não é um time inovador. É eficiente. Sabe unir o presente e o passado, o possível e o desejado.

Jogadores do Atlético comemoram um dos gols da vitória que deixou bem encaminhada a conquista da Copa do Brasil - Washington Alves - 12.dez.21/Reuters

O Athletico é uma equipe muito melhor do que a que jogou no Mineirão. Nesta quarta (15), na Arena da Baixada, onde, geralmente, tem ótimas atuações, vai tentar o quase impossível, pressionar desde o início, para fazer um gol e incendiar o estádio. Na história, ocorreram raras viradas desse tipo, como a derrota do Atlético para o Rosário Central, na Argentina, por 4 a 0, após ganhar a primeira partida pelo mesmo placar, na final da Copa Conmebol de 1995.

No domingo, no segundo gol do Atlético, o time paranaense tinha uma linha de cinco defensores (três zagueiros e dois laterais) e apenas dois ou três no meio-campo, o que facilitou a condução da bola e o chute preciso de Keno. Essa situação tem acontecido, com frequência, no Brasil e no mundo, com o aumento do número de equipes que jogam com uma linha de cinco atrás e deixam o meio-campo com mais espaços.

Penso que a melhor maneira de se posicionar defensivamente seja a tradicional, com duas linhas de quatro, pois cada defensor tem um jogador de meio-campo para protegê-lo. Mais seguras ainda são as equipes que atuam com três no meio-campo. Elas marcam com quatro defensores e cinco à frente (um volante, dois meio-campistas e um jogador de cada lado).

O pênalti marcado a favor do Atlético, no domingo, seguiu a regra, burra, pois é impossível um defensor enfrentar um atacante com os braços colados ao corpo. Se jogar assim, será facilmente driblado. Na Europa, acontecem também esses erros, menos vezes, como no último fim de semana, o que tem preocupado os europeus, que querem mudar a regra.

No sábado, na partida do Manchester City, De Bruyne, novamente, entrou na somente na metade do segundo tempo. Guardiola, que gosta de fazer um rodízio de jogadores, sabe da importância de De Bruyne, mas não está bem claro por que o jogador, com frequência, fica fora. Seria preocupação do técnico em enfatizar que o City é um time essencialmente coletivo e não depende de uma única estrela? De Bruyne é um jogador extremamente coletivo.

No jogo do Chelsea, mais uma vez, Lukaku, elogiado em todo o mundo, entrou somente no segundo tempo. Ele teve uma contusão, mas, nas últimas partidas, continua na reserva. Será que o técnico Thomas Tuchel prefere um centroavante de mais mobilidade, como tinha na conquista da Liga dos Campeões, a ter um posicionado, centralizado, mesmo que seja Lukaku, o melhor de todos com essas características? Será que Tuchel, como Guardiola, quer mostrar também que o time é coletivo e não depende de uma estrela? São apenas divagações.

Assim como ocorre com os atletas e em todas as profissões, os treinadores de todo o mundo costumam ser ambiciosos, vaidosos, autossuficientes. A ambição no esporte, desde que se respeite o outro e não seja descabida, é frequente nas grandes estrelas.

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