Vaivém das Commodities

A coluna é assinada pelo jornalista Mauro Zafalon, formado em jornalismo e ciências sociais, com MBA em derivativos na USP.

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Vaivém das Commodities

Consumo mundial de arroz será recorde em 2018

Crédito: Edson Walker Plantação de arroz. Hongsa, Laos. 2010. Luz no pôr do sol depois de uma chuva torrencial
Plantação de arroz no Laos

A produção mundial de arroz poderá ser melhor do que se esperava. A projeção mais recente do Usda (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) elevou em 1,2 milhão de toneladas o volume a ser produzido em 2017/18.

O órgão prevê, agora, 485 milhões de toneladas. Apesar desse aumento, o volume total a ser produzido nesta safra deverá ficar 0,5% abaixo do recorde da anterior.

A revisão da safra para cima ocorreu devido à ampliação de área nas Filipinas e da produtividade no Paquistão.

A área nas Filipinas será de 4,8 milhões de hectares, elevando a produção do país para o recorde de 12 milhões de toneladas.

O Paquistão, também com safra recorde, deverá colher 7,2 milhões de toneladas, graças à produtividade de 4 toneladas por hectare.

Esse aumento de produção mundial vai dar maior equilíbrio entre oferta e demanda, uma vez que o consumo, também sobe. Deverá atingir o patamar recorde de 482 milhões de toneladas, na avaliação do Usda.

Os estoques mundiais sobem para o maior volume desde a safra 2000/01, atingindo 141 milhões de toneladas.

A produção brasileira de arroz deverá recuar para 11,6 milhões de toneladas neste ano, segundo a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento). Se esse dado se confirmar, haverá recuo de 6% em relação à de 2017.

Á área a ser utilizada para o plantio do cereal também cai, ficando em 2 milhões de hectares, 2% menos do que na safra anterior.

 

Mato Grosso obtém US$ 6,8 bilhões com soja exportada em 2017

 
 

A produção recorde de 31,3 milhões de toneladas de soja em Mato Grosso, em 2017, permitiu ao Estado exportar 18 milhões de toneladas do produto em grãos.

Os preços acabaram ficando melhor do que se previa. As exportações do Estado subiram 18% em volume, mas as receitas, que somaram US$ 6,8 bilhões, aumentaram 21%.

A China ficou com 66% dessa soja, adquirindo 11,8 milhões de toneladas, segundo o Imea (Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária).

A Espanha é a segunda colocada nas compras do produto de Mato Grosso, mas com um volume de importação bem menor: 1,2 milhão de toneladas.

Um dos pontos positivos para os produtores de Mato Grosso são as novas opções de escoamento da soja exportada. Em cinco portos, o movimentou superou um milhão de toneladas.

O mais tradicional, mas que perde força, é o de Santos, que movimentou 8,4 milhões de toneladas da oleaginosa de Mato Grosso.

O porto de Barcarena, com volume de 3,4 milhões de toneladas, liderou a saída pelo Arco Norte. Manaus recebeu 1,6 milhão de toneladas, enquanto os portos de São Luís (MA) e de Santarém ((PA) ficaram com 1 milhão de toneladas cada.

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