Vaivém das Commodities

A coluna é assinada pelo jornalista Mauro Zafalon, formado em jornalismo e ciências sociais, com MBA em derivativos na USP.

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Páscoa é complicador extra para o setor de carnes

Feriado, queda na renda e estoques altos reduzem cotações

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Consumidor em seção de carnes de mercado municipal em SP
Consumidor em seção de carnes de mercado municipal em SP - Mateus Bruxel/Folhapress

A tradição religiosa já não é tão intensa como no passado em grandes centros urbanos como os de São Paulo e do Rio de Janeiro, mas o período de Semana Santa deste ano tem sido mais um complicador para as carnes.

“O setor é afetado pela conjugação de vários fatores, e a Semana Santa é um dos que estão com efeito impactante”, diz Heloísa Xavier, da JOX, empresa que acompanha o mercado das carnes.

Além dos efeitos do período religioso, quando o consumo de carnes bovinas, suína e de frango se retrai, o setor é afetado também pela queda de renda da população —principalmente por ser um final de mês.

Estoques elevados, devido à queda nas vendas de carnes, também ajudam a colocar o setor em um momento crítico, diz Xavier.

Os números dos últimos dias mostram as dificuldades do setor de proteínas.

A carne suína, negociada a R$ 56 a R$ 58 a arroba nesta segunda-feira (26), tem queda de 7% em três dias. No mesmo período, o preço do frango vivo caiu 6%, conforme pesquisa da JOX.Para Xavier, a intensa retração no consumo torna o mercado de carnes travado.

“A queda não é uma questão de preços, favoráveis ao consumidor, mas uma questão de renda”, diz ela.

 

Bolsa reduz ainda mais safra de soja na Argentina

Não é novidade a quebra de safra de soja na Argentina. Mas, pela primeira vez, a Bolsa de Cereais de Buenos Aires apontou um volume abaixo de 40 milhões de toneladas.

No ano passado, foram produzidos 58 milhões. A produção de milho comercial também cai. Serão 32 milhões de toneladas, 7 milhões a menos do que em 2017.

A safra argentina de grãos foi afetada por uma severa seca nesta temporada.

 

Para associação, produtor eleva adubação vegetal

O produtor aumenta o controle biológico e a adubação de forma mais eficiente no campo. Com isso, o Brasil desperta para um manejo de agricultura mais apropriado para as lavouras do país.

A afirmação é de Clorialdo Roberto Levrero, presidente do conselho deliberativo da Abisolo (Associação Brasileira das Indústrias de Tecnologia em Nutrição Vegetal).

Para Levrero, a adubação vegetal é um dos setores que mais crescem na agricultura. “A proposta é obter uma agricultura sustentável com o uso de um mínimo de nutrientes, mas com o melhor aproveitamento pela planta.”

A tecnologia de nutrição vegetal se baseia no uso de fertilizante foliar, biofertilizante, fertilizante orgânico, organominerais e condicionadores de solos, afirma ele.

O setor tem 450 empresas no país, com movimentação de R$ 5,8 bilhões anuais.

 

Novo local  A Beckhauser, que trabalha com uma linha de pesagem e de contenção (troncos) para a pecuária, sai de Paranavaí (PR) e vai para a região metropolitana de Maringá (PR). A nova fábrica ficará pronta em 2019.

Gastos Os investimentos somarão R$ 5 milhões e, segundo a empresa, servirão para tornar a produção mais automatizada e priorizar o bem-estar dos animais.

Novo comando A direção também muda. Mariana Beckheuser passa a ser a nova presidente da empresa, em substituição a José Carlos Beckheuser, que segue na presidência do conselho.

Soja O primeiro contrato na Bolsa de Chicago começa a semana em queda. Foi negociado a US$ 10,25 por bushel (27,2 quilos) nesta segunda-feira (26). Em relação a março do ano passado, porém, sobe 5%. 

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