Vaivém das Commodities

A coluna é assinada pelo jornalista Mauro Zafalon, formado em jornalismo e ciências sociais, com MBA em derivativos na USP.

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Exportação de carne perde volume e preço neste mês

Exceção fica para a carne bovina, que teve elevação de 25% no valor da tonelada

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O Brasil não está conseguindo registrar, neste mês, a boa atuação das exportações de carnes de maio. O país perde não só em volume vendido como também em preços médios de comercialização.

Em volume, o momento é ruim para as três principais proteínas brasileiras. A quantidade exportada neste mês tem queda média de 36%, em relação à de junho do ano passado, nas carnes suína e bovina. A de frango caiu 24%.

Essa queda em volume reflete os problemas internos de recomposição de produção e de acertos nos transportes provocados pela paralisação dos caminhoneiros.

Boa parte da redução no volume exportado ocorre, porém, devido às barreiras sanitárias colocadas pelos principais importadores do Brasil. União Europeia, China e Rússia estão entre eles.

A situação brasileira fica mais complicada porque os preços atuais de negociação são inferiores aos que o país vinha obtendo no mercado externo nos últimos meses.

A exceção fica para a carne bovina, cujo valor médio de exportação subiu para US$ 5.243 neste mês. Esse valor representa alta de 25% em relação aos de maio deste ano e de junho de 2017.

Já as carnes suína e de frango tiveram quedas de 24% e 8%, respectivamente, em relação a igual período do ano passado.

Porcos fazenda Crambei, no Paraná - Mauro Zafalon/Folhapress

Apesar da queda no volume colocado no exterior no mês passado, as exportações de carne bovina continuam aquecidas, principalmente para a União Europeia.

Dados divulgados nesta semana pelo bloco europeu indicam importações de 47,4 mil toneladas do produto brasileiro de janeiro a abril, 35% mais do que em igual período de 2017.

Já o frango segue caminho inverso. As exportações brasileiras recuaram 45% neste ano para a União Europeia, segundo dados do bloco europeu.

Além de ter sido o setor mais afetado na paralisação dos caminhoneiros, o frango brasileiro sofre barreiras dos europeus desde o início de ano e entrou também na lista dos chineses.

Com isso, o Brasil perdeu o posto de líder nas exportações para a União Europa, assumido pela Tailândia.

O bloco europeu importou apenas 86 mil toneladas de carne de frango de janeiro a abril do Brasil, 34% do total comprado pelos 28 países europeus no período. No ano passado, a participação dos brasileiros era de 55%.

 

À procura A China está procurando novos parceiros para a importação de soja. É mais um capítulo das desavenças comerciais entre a gigante chinesa e os norte-americanos.

Corte Os chineses cortaram taxa de importação da oleaginosa de vários países, inclusive da Índia. Esses países não suprem as necessidades chinesas de importação, mas ajudam a dar novo contorno à disputa entre os dois gigantes.

Em queda Safra americana em ritmo bom —o melhor desde 1994 neste período do ano— e a abertura chinesa para outros países fizeram a soja voltar a cair em Chicago. O primeiro contrato fechou a US$ 8,67 por bushel (27,2 quilos) nesta terça-feira (26), 0,8% menos do que o de segunda (25).

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