Vaivém das Commodities

A coluna é assinada pelo jornalista Mauro Zafalon, formado em jornalismo e ciências sociais, com MBA em derivativos na USP.

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Vaivém das Commodities

Com oferta elevada, preço em baixa e dólar alto, exportação de etanol dispara

Produto brasileiro fica mais competitivo no mercado externo

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Usina de cana de açúcar em Guariba (SP)
Usina de cana de açúcar em Guariba (SP) - Joel Silva - 26.abr.17/Folhapress

A exportação de etanol deverá superar os 800 milhões de litros nos cinco primeiros meses desta safra, que se iniciou em abril. Se confirmado, esse volume superará em 13% o de igual período de 2017.

O crescimento anual ocorre devido à aceleração do ritmo das vendas externas dos últimos dois meses. Em julho, foram 253 milhões de litros.

Em agosto, o volume poderá atingir 356 milhões, se for mantido, até o fim do mês, o mesmo ritmo dos 13 primeiros dias úteis. Em agosto, as exportações já somam 201 milhões de litros.

As vendas externas aumentam porque a oferta interna de etanol é boa e os preços estão em baixa. Com isso, o produto brasileiro ficou mais competitivo no mercado externo, principalmente com a ajuda da alta do dólar.

Em abril, no início da safra, com preços internos ainda aquecidos pela entressafra, a vantagem ficava para as importações. A partir de julho, porém, os preços ficaram favoráveis para os exportadores, que aumentaram o ritmo das vendas.

No mês passado, as exportações somaram 253 milhões de litros, segundo dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior). Neste mês, poderão atingir 356 milhões.

De abril a julho, 308 milhões de litros de álcool anidro e 205 milhões de hidratado haviam deixado as usinas do centro-sul para o mercado externo.

Antonio de Padua Rodrigues, diretor da Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar), diz que alguns mercados, como o da Coreia do Sul, ajudam a elevar o volume exportado.

Os sul-coreanos compraram 154 milhões de litros nesta safra, mas a liderança ainda é dos EUA. Os americanos importaram 266 milhões de litros no período no Brasil.

Padua acredita que as exportações de etanol devam atingir 1,6 bilhão de litros nesta safra 2018/19.

As receitas obtidas com as vendas externas, que já somaram US$ 95 milhões nas primeiras semanas de agosto, conforme dados da Secex, poderão atingir US$ 168 milhões no mês.

As usinas da região centro-sul venderam 9,3 bilhões de litros de etanol de abril a julho. Segundo a Unica, 6,2 bilhões foram de etanol hidratado —38% mais do que em igual período de 2017.

 

Liderança perdida O Brasil se mantém em segundo lugar na lista dos exportadores de frango para a União Europeia, conforme mostram os dados do primeiro semestre divulgados pelo departamento de agricultura do bloco.

Novo líder Até junho, os tailandeses colocaram 151 mil toneladas de carne de frango nos países do bloco europeu, 7% mais do que em igual período de 2017. Já as exportações do Brasil, que era líder até o primeiro trimestre deste ano, recuaram para 136 mil toneladas no mesmo período, 42% menos.

Preço em queda Além de perder no volume vendido, o Brasil encontra um cenário de preço diferente neste ano no mercado internacional. Em agosto de 2017, a tonelada de carne era comercializada a US$ 1.620, em média. Neste mês, está em US$ 1.540.

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